Trump assina ordem para aplicar "tarifas recíprocas" a parceiros

De acordo com a CNN Internacional, o sistema não vai ser implementado para já - permitindo às Nações que negociem com os Estados Unidos.

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Notícias ao Minuto com Lusa
13/02/2025 19:07 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

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O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou um memorando onde anuncia que irá implementar "tarifas recíprocas" em relação a produtos que são taxados nos parceiros comerciais norte-americanos de forma a "equilibrar o jogo", esta quinta-feira, 13 de fevereiro.

 

De acordo com a CNN Internacional, o sistema não vai ser implementado para já, permitindo às Nações que negociem com os Estados Unidos, o que pode incluir países membros da União Europeia.

Trump disse ainda que as tarifas em carros e produtos farmacêuticos estão para breve.

"Decidi, por uma questão de justiça, que vou cobrar uma tarifa recíproca", afirmou Donald Trump durante a assinatura da proclamação na Sala Oval, acrescentando: "É justo para todos. Nenhum outro país pode reclamar".

A administração republicana de Trump tem insistido que as suas novas tarifas nivelariam as condições de concorrência entre os fabricantes dos EUA e os concorrentes estrangeiros, embora estes novos impostos provavelmente sejam pagos pelos consumidores e empresas americanas quer diretamente, quer sob a forma de preços mais elevados, escreve a AP.

"A política de tarifas pode facilmente sair pela culatra para Trump se a sua agenda aumentar a inflação e reduzir o crescimento, o que faz desta uma aposta de alto risco para um presidente ansioso por declarar a sua autoridade sobre a economia dos EUA", salientou.

Os aumentos de tarifas seriam personalizados para cada país com o objetivo parcial de iniciar novas negociações comerciais, mas outras nações poderão também sentir a necessidade de responder com os seus próprios aumentos de tarifas sobre os produtos americanos.

Consequentemente, Trump poderá ter de encontrar formas de assegurar aos consumidores e às empresas que o crescimento contraria qualquer incerteza decorrente das possíveis consequências das suas tarifas.

A proclamação de Trump identifica os impostos sobre o valor acrescentado - que são semelhantes aos impostos sobre as vendas e comuns na União Europeia - como uma barreira comercial a incluir em quaisquer cálculos tarifários recíprocos, segundo um alto funcionário da Casa Branca que insistiu no anonimato para antecipar os pormenores aos jornalistas.

As taxas alfandegárias de outras nações, os subsídios às indústrias, as regulamentações e a possível subvalorização das moedas seriam alguns dos fatores que a administração Trump utilizaria para avaliar as tarifas.

O funcionário afirmou que as receitas previstas dos direitos aduaneiros ajudariam a equilibrar o défice orçamental previsto de 1,9 biliões [milhão de milhões] de dólares.

O funcionário disse ainda que as revisões necessárias para as tarifas poderiam ser concluídas numa questão de semanas ou de alguns meses.

Os possíveis aumentos de impostos sobre as importações e as exportações poderão ser elevados em comparação com as tarifas comparativamente modestas que Trump impôs durante o seu primeiro mandato.

O comércio de mercadorias entre a Europa e os Estados Unidos totalizou quase 1,3 biliões (milhão de milhões) de dólares no ano passado, com os Estados Unidos a exportarem menos 267 mil milhões de dólares do que importam, de acordo com o Census Bureau.

Nas últimas semanas, Donald Trump antagonizou abertamente vários parceiros comerciais dos EUA, ameaçando-os com tarifas e convidando-os a retaliar com os seus próprios impostos sobre as importações, o que poderia levar a economia a entrar numa guerra comercial.

Trump impôs uma taxa adicional de 10% às importações chinesas devido ao papel do país na produção do opiáceo fentanil.

Também preparou tarifas sobre o Canadá e o México, os dois maiores parceiros comerciais dos EUA, que poderão entrar em vigor em março, depois de terem sido suspensas durante 30 dias.

Além disso, na segunda-feira, removeu as isenções das suas tarifas de aço e alumínio de 2018, falou sobre novas tarifas sobre chips de computador e medicamentos.

[Notícia atualizada às 21h07]

Leia Também: Rússia diz que ainda não foi tomada "decisão" sobre encontro com Trump

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