De acordo com um comunicado conjunto, a decisão foi tomada na quinta-feira, durante uma reunião que juntou em Lima os vice-ministros dos Negócios Estrangeiros do Peru e da Colômbia, Peter Camino e Daniel Ávila, respetivamente.
"Durante a reunião, os vice-ministros concordaram com a nomeação recíproca de embaixadores em ambos os países, bem como com a organização de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros nas próximas semanas", refere o comunicado.
O Peru retirou o embaixador em Bogotá em março de 2023, depois de acusar o Presidente colombiano, Gustavo Petro, de ter feito declarações "intervencionistas e ofensivas" contra a Presidente peruana, Dina Boluarte.
Petro recusou-se a reconhecer a legitimidade de Boluarte, a então vice-presidente, que assumiu o cargo em dezembro de 2022, depois do então presidente Pedro Castillo ter sido destituído e detido por organizar uma alegada tentativa de golpe de Estado.
Os vice-ministros aprovaram, também na quinta-feira, um roteiro para a retoma das reuniões dos principais mecanismos bilaterais, que será apresentado na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros.
O comunicado conjunto destacou "os laços bicentenários de fraternidade histórica e cultural que unem as duas nações" e acrescentou que Camino e Ávila se reuniram para "avaliar o estado atual da relação bilateral e avançar no seu aprofundamento".
Durante a reunião, os vice-ministros "mantiveram um diálogo franco e cordial no qual avaliaram os assuntos da agenda bilateral e a relevância de os promover ao mais alto nível com o objetivo de promover o bem-estar de ambos os povos e, especialmente, das suas populações fronteiriças".
Os dirigentes destacaram ainda a necessidade de coordenar ações nas áreas de desenvolvimento e integração fronteiriça, ambiente, migração, segurança e defesa.
Camino e Ávila concordaram também com a necessidade de manter "um diálogo permanente nos órgãos de integração e coordenação regionais".
Leia Também: Petro distancia-se do maior contrabandista da Colômbia detido em Portugal