"A indústria da aviação é altamente competitiva e exige investimentos significativos. Em Timor-Leste, o custo do combustível de aviação é duas ou três vezes superior aos vizinhos. Por isso, o Governo deve garantir a compra de pelo menos 30% dos lugares em todas as rotas", afirmou José Ramos-Horta, citado num comunicado da presidência.
O chefe de Estado discursava no aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, onde decorreu a cerimónia para assinalar o primeiro voo da Aero Dili entre Timor-Leste e a China.
"Além disso, deve fornecer incentivos para que os preços do combustível de aviação em Timor-Leste se alinhem com os praticados nos países vizinhos", disse o Presidente timorense.
José Ramos-Horta defendeu também que o Governo deve "eliminar todas as taxas locais e incentivar todas as autoridades competentes, funcionários e servidores públicos a darem prioridade nas viagens à Aero Dili".
Para o chefe de Estado, aquelas medidas "não só melhorarão as conetividades", mas também reforçam a posição de Timor-Leste como um 'hub' aéreo viável e atrativo.
Em relação à ligação aérea para a China, que numa primeira fase será feita duas vezes por mês, o Presidente timorense disse que não só vai facilitar a mobilidade entre os dois países, como fortalecer os "laços históricos, culturais e económicos".
"Graças ao compromisso das autoridades de ambos os países, conseguimos transformar este projeto em realidade. Esperamos que a ligação incentive os turistas chineses a visitarem Timor-Leste, gerando mais oportunidades económicas, promovendo o nosso património cultural e natural e fortalecendo a cooperação bilateral", afirmou.
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