Cuba adia atividades desportivas no fim de semana pela crise energética

O Instituto Nacional de Desporto, Educação Física e Recreio (Inder) de Cuba informou que as atividades desportivas programadas para o fim de semana foram adiadas devido ao agravamento da crise energética na ilha.

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Lusa
15/02/2025 06:09 ‧ há 9 horas por Lusa

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Cuba

"Considerando a situação energética do país, e com o objetivo de contribuir para a poupança energética, as atividades desportivas programadas para este fim de semana no calendário nacional do Inder foram adiadas", informou a organização desportiva, na sexta-feira, nas redes sociais.

 

A nota indicou que, quando as condições o permitirem, as atividades suspensas serão reagendadas.

Na quinta-feira, o Governo cubano anunciou a suspensão das atividades laborais e letivas durante dois dias, sexta-feira e hoje, devido à situação energética do país, de forma a "contribuir para a poupança necessária", embora tenha acrescentado que as atividades consideradas essenciais estavam isentas.

Esta semana registou-se a taxa de défice elétrico mais elevada dos últimos dois anos, com 57% do país às escuras em simultâneo, de acordo com os relatórios da empresa estatal Unión Eléctrica.

Há cidades do país que sofreram apagões de mais de 24 horas consecutivas nos últimos dias e na capital Hava, foram, pela primeira vez, programadas suspensões de serviço de pelo menos seis horas.

A complexa situação energética que aquele país das Caraíbas sofre há anos agravou-se nos últimos meses.

A crise deve-se sobretudo às repetidas avarias em centrais termoelétricas obsoletas, em funcionamento há décadas e com uma carência crónica de investimentos, e à falta de combustível devido à falta de divisas do Estado cubano para o importar.

Segundo várias estimativas independentes, o Governo cubano necessitaria entre oito mil milhões e dez mil milhões de dólares (entre 7,6 mil milhões e 9,5 mil milhões de euros) para reativar o sistema elétrico do país, um investimento fora do seu alcance, além de que qualquer solução só seria possível a longo prazo.

Cuba vive uma profunda crise económica com escassez de produtos básicos (alimentos, medicamentos, combustíveis), cortes prolongados de energia e inflação. Hoje, 80% do que é consumido é importado.

Em resultado, o país tem registado grandes fluxos de emigração. Em 2023, estima-se que pelo menos 300 mil cubanos saíram do país.

O Governo cubano espera que o produto interno bruto cresça 1% em 2025, após dois anos consecutivos de contração.

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