A mãe da criança de dois anos que morreu após ser esquecida no interior e um carro pela dona da creche que frequentava recorreu às redes sociais para recordar que eram "a dupla perfeita".
"Você levou todo meu coração e minha alegria. Como eu viverei sem você?", escreveu Giselle Faustino nas redes sociais, citada pelo g1.
Na publicação, a mulher lamentou ter tido tão pouco tempo com a criança, que tinha acabado de completar dois anos, a 5 de fevereiro.
"Como eu chegarei em casa agora e não presenciarei sua alegria?! (...) Eu não consigo fechar o olho sem imaginar seu sofrimento. Perdoa a mamãe, meu amor. Eu queria fazer tanto por você", escreveu ainda.
Nas últimas horas a mulher fez várias publicações com fotografias e vídeos da criança. "Filho, sei que você fará festas aí com outros anjinhos no céu [...]. Meu eterno Salomão, eu ficarei com as memórias, as lembranças e tudo quanto você me ensinou! Te amo meu eterno amor, meu eterno filho! Nós éramos a dupla perfeita!", escreveu numa outra publicação, já depois do funeral da criança.
Segundo adiantou o g1, a dona da creche era responsável por ir buscar a criança, Salomão Faustino, a casa, assim como entregá-lo no mesmo sítio, mas nesse dia esqueceu-se dele no carro. A imprensa explica que a mulher deixou a criança no interior do carro, fechado, por quatro horas e que só reparou quando, devido a uma dor de cabeça, teve de sair mais cedo do trabalho. Quando chegou ao veículo e o abriu percebeu que a criança estava lá dentro.
A mulher, Flaviane Lima, ainda tentou reanimar a criança, mas sem sucesso. "Não houve qualquer intenção, qualquer descuido consciente ou negligência deliberada. Assim que percebeu o que havia acontecido, em completo desespero, tentou reanimar a criança e procurou socorro imediato dos bombeiros. Infelizmente, o pior já havia ocorrido", lê-se numa nota da defesa da empresária, citada pela imprensa.
As autoridades adiantam ainda que a mulher tentou fugir, mas acabou detida em Itaberaí, já a 80 quilómetros da região onde tudo aconteceu. Já o advogado diz que não houve "tentativa de se esquivar da responsabilidade" e que no momento da detenção a mulher estava "a caminho do distrito policial para se apresentar".
No depoimento, Flaviane Lima explica que no dia em que a criança morreu a creche ia receber três novas crianças e que, por estar focada nisto, se esqueceu da criança.
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