Netanyahu é alvo de um mandado de captura do TPI, emitido no final de novembro de 2024, por suspeita de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante a ofensiva militar israelita contra a Faixa de Gaza.
O gabinete do primeiro-ministro israelita disse num comunicado que Netanyahu teve "uma conversa calorosa" com Merz no domingo à noite.
"Merz agradeceu ao primeiro-ministro o contacto e disse que o convidaria para uma visita oficial à Alemanha, desafiando abertamente a decisão ultrajante do Tribunal Penal Internacional de classificar o primeiro-ministro como criminoso de guerra", lê-se no comunicado citado pela agência francesa AFP.
Além de Netanyahu, o TPI também emitiu um mandado de captura contra o ex-ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, pelas mesmas suspeitas.
Israel interpôs recurso contra o processo, denunciando uma decisão antissemita e "acusações absurdas".
No ano passado, Netanyahu já tinha agradecido a Viktor Orbán o convite para visitar a Hungria, apesar do mandado de captura, elogiando a "clareza moral" do homólogo húngaro.
Numa demonstração de apoio a Israel, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no início de fevereiro uma ordem executiva que proíbe a entrada nos Estados Unidos de dirigentes, funcionários e agentes do TPI.
Na altura, Israel felicitou Trump pela decisão.
A vitória do bloco conservador CDU/CSU nas eleições de domingo colocou Merz na linha da frente para se tornar o próximo chanceler da Alemanha, provavelmente num governo de coligação.
Merz necessitará de se coligar com os socialistas do SPD, do atual chefe de governo, Olaf Scholz, que ficou em terceiro nas eleições com 16,4%, o pior resultado da história do partido.
A Alternativa para a Alemanha (AfD), com 20,8%, que obteve o melhor resultado para a extrema-direita desde o pós-guerra, vai liderar a oposição.
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