"Vamos colocar um preço [nas autorizações de residência] de cerca de 5 milhões de dólares (4,7 milhões de euros), e isso dar-lhes-á os privilégios de um 'cartão verde', com um caminho para a cidadania americana", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca.
Os "cartões verdes" ("green card") são atribuídos a residentes permanentes no país, no final de um longo processo de aprovação.
Trump equiparou estas autorizações às hoje anunciadas, que chamou de "cartão dourado" e de "cartão dourado Trump", sugerindo que poderão vir a ter o seu próprio nome.
"Isto vai atrair muitas pessoas para o nosso país, que serão ricas e bem-sucedidas, gastarão muito dinheiro, pagarão muitos impostos e proporcionarão empregos a muitas pessoas. Acreditamos que será um grande sucesso", disse o Presidente norte-americano.
O secretário do Comércio, Howard Lutnick, que esteve com Trump na Sala Oval, acrescentou que a medida entrará em vigor dentro de cerca de duas semanas e substituirá o Programa de Imigração de Investidores EB-5.
Este permite a investidores, juntamente com os seus cônjuges e filhos menores de 21 anos, obterem residência permanente nos Estados Unidos.
Lutnick alegou, sem apresentar provas, que o programa EB-5 era "fraudulento" e que por isso seria substituído.
O visto EB-5 nos Estados Unidos foi criado pela Lei de Imigração de 1990 e oferecia aos investidores estrangeiros a possibilidade de obter residência permanente se fizessem um investimento substancial num negócio nos Estados Unidos e, em troca, gerassem pelo menos 10 empregos a tempo inteiro para cidadãos norte-americanos ou imigrantes com autorização de trabalho.
Ao longo dos anos, o Congresso alterou por diversas vezes este programa e as suas condições de acesso.
Em 2022, o investimento mínimo para se qualificar para o programa EB-5 foi estabelecido em 1.050.000 dólares, embora algumas exceções tenham sido contempladas.
[Notícia atualizada às 23h24]
Leia Também: Juiz federal dos EUA trava bloqueio de sistema de admissão de refugiados
