"Isso não vai acontecer. Foi por isso que tudo isto começou. [Joe] Biden [anterior Presidente norte-americano] referiu isso e de repente o tiroteio começou. Essa foi uma das principais razões pelas quais [a guerra] começou", argumentou Donald Trump em declarações à imprensa no Salão Oval da Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que está de visita a Washington.
Questionado sobre a porção de território que Kiev recuperaria quando um hipotético acordo de paz com Moscovo fosse assinado, Trump disse que essa é uma questão que planeia discutir na sexta-feira em Washington com o próprio Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e que juntos tentarão garantir que a Ucrânia possa "recuperar o máximo possível".
A quantidade de territórioque a Ucrânia poderia recuperar , incluindo a península da Crimeia - invadida pela Rússia em 2014 -, tem sido foco de muita atenção, especialmente desde que Washington optou por iniciar negociações com Moscovo há 10 dias, sem a participação de Kiev ou Bruxelas.
Trump disse estar confiante de que na sexta-feira, em Washington, assinará com Zelensky um acordo para os Estados Unidos participarem num fundo bilateral para a exploração de terras raras e outros minerais na Ucrânia, e indicou que esse tratado seria "uma salvaguarda, por assim dizer".
A União Europeia tem falado de "salvaguardas" para se referir a possíveis garantias de segurança que os norte-americanos poderiam fornecer a um contingente militar europeu que ficaria com bases na Ucrânia após a assinatura de um acordo de paz.
"Não acho que ele vá voltar atrás na sua palavra. Não acho que ele responderá quando fecharmos um acordo", disse Trump sobre a possibilidade de o Presidente russo, Vladimir Putin, não honrar um futuro acordo de paz.
"Acho que o acordo será mantido. Eles terão segurança. Haverá segurança, haverá soldados. Sei que a França quer estar lá", acrescentou, referindo-se às conversas sobre a Ucrânia que manteve esta semana com o Presidente francês, Emmanuel Macron.
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