Starmer considera que, passados três anos desde a invasão russa, este é um "ponto de viragem" na busca de solução para uma "paz duradoura assente na soberania e na segurança".
"Chegou o momento de nos unirmos para garantir o melhor resultado para a Ucrânia, proteger a segurança europeia e assegurar o nosso futuro coletivo", afirmou, citado num comunicado.
O primeiro-ministro britânico pretende reafirmar o "compromisso de fornecer meios, formação e assistência à Ucrânia, colocando-a na posição mais forte possível".
"Em parceria com os nossos aliados, temos de intensificar os nossos preparativos para o elemento europeu das garantias de segurança, a par da continuação das discussões com os Estados Unidos".
Para além do Reino Unido, estarão representados a Ucrânia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Noruega, Canadá, Finlândia, Suécia, Dinamarca, República Checa, Polónia e Roménia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, também vai participar, bem como o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.
A cimeira culmina uma semana de diplomacia intensa do Governo britânico e também de França, cujo Presidente, Emmanuel Macron, visitou o Presidente norte-americano, Donald Trump, em Washington, na segunda-feira.
Na quinta-feira, foi a vez de Starmer ser recebido por Trump para discutir o apoio à segurança do Reino Unido e da Europa, após ter anunciado o aumento da despesa com a Defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2027.
O Reino Unido já se tinha comprometido a integrar uma força de manutenção de paz, mas fez depender o envio de soldados britânicos para o terreno do apoio dos EUA.
Starmer voltou a falar com o Trump na sexta-feira à noite, na sequência da troca de palavras acesa deste com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca em frente aos jornalistas, que terminou sem a assinatura de um acordo previsto.
Na altura, reiterou o "apoio inabalável" a Kyiv, que renovou ao receber hoje Zelensky na residência oficial, em Downing Street.
Segundo o comunicado do Governo, a cimeira de domingo vai abordar o "reforço da posição atual da Ucrânia, incluindo o apoio militar corrente e o aumento da pressão económica sobre a Rússia" e a "necessidade de um acordo sólido e duradouro que assegure uma paz permanente na Ucrânia e garanta que a Ucrânia seja capaz de dissuadir e defender-se contra futuros ataques russos".
Os dirigentes também deverão discutir "próximas etapas do planeamento de fortes garantias de segurança".
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