Cruz Vermelha apela a "todos os esforços" para manter cessar-fogo em Gaza

A presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha apelou hoje para que sejam feitos "todos os esforços" para manter o cessar-fogo na Faixa de Gaza e evitar "mergulhar as pessoas de novo no desespero".

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© JALAA MAREY/AFP via Getty Images

Lusa
02/03/2025 13:48 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Todos os esforços devem ser feitos para manter o cessar-fogo a fim de poupar vidas das hostilidades, permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza e reunir mais famílias", afirmou Mirjana Spoljaric num comunicado divulgado em Genebra, sede da organização.

 

Para a líder, o acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro depois de mais de 15 meses de guerra, "salvou inúmeras vidas e ofereceu um vislumbre de esperança no meio de um sofrimento inimaginável".

"Qualquer inversão da dinâmica criada nas últimas seis semanas corre o risco de mergulhar as pessoas de novo no desespero", referiu, acrescentando que, enquanto intermediário humanitário neutro, a Cruz Vermelha contribuiu para "o progresso do acordo de cessar-fogo, realizando operações vitais em total segurança, a pedido das partes".

"Nunca vacilamos no nosso compromisso, apesar do intenso escrutínio e das críticas, porque dele dependiam vidas e famílias", salientou Mirjana Spoljaric.

Israel e o Hamas concordaram com o acordo de cessar-fogo em três fases em meados de janeiro.

A primeira das três fases do cessar-fogo entre Israel e o movimento radical palestiniano Hamas terminou hoje sem que exista um acordo sobre uma segunda fase.

Israel anunciou hoje a suspensão de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, decisão considerada pelo Hamas uma violação ao cessar-fogo.

O conflito em Gaza iniciou-se com o ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023 e que causou 1.200 mortos em Israel, na sua maioria civis, e fez cerca de 250 reféns, segundo Telavive.

Em resposta, a ofensiva militar israelita matou mais de 48 mil pessoas, segundo as autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.

[Notícia atualizada às 13h56]

Leia Também: Netanyahu avisa que "não haverá refeições grátis" sem acordo com reféns

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