Negociações retomadas. Hamas vai libertar refém e entregar quatro corpos

O grupo islamita palestiniano Hamas anunciou hoje que vai libertar um refém israelo-americano e devolver os restos mortais de outras quatro pessoas de dupla nacionalidade, confirmando que aceita retomar negociações para manutenção do cessar-fogo com Israel.

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Lusa
14/03/2025 12:31 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

 "Ontem [quinta-feira], a delegação do Hamas recebeu uma proposta dos mediadores para retomar as negociações. Responsavelmente, o movimento respondeu positivamente e apresentou a sua resposta esta manhã, incluindo o seu acordo para libertar o soldado israelita Idan Alexander, que tem cidadania norte-americana, além [de devolver] os corpos de outros quatro [reféns] de dupla nacionalidade", refere o Hamas, em comunicado.

 

Segundo avançou a imprensa israelita na quinta-feira, a nova proposta, apoiada pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, apelava à libertação de cinco reféns vivos em troca de um cessar-fogo de 50 dias em Gaza, durante os quais seriam realizadas negociações para a continuação do acordo.

Na declaração de hoje, o Hamas reiterou a sua "total prontidão" para chegar a um acordo abrangente que inclua tudo o que foi acordado para a segunda fase e voltou a pedir que Israel "cumpra integralmente as suas obrigações".

O grupo, que fez a última devolução de corpos de reféns mortos durante o conflito em Gaza há duas semanas, pouco antes do fim da primeira fase do acordo de tréguas, não revelou a data em que pretende libertar um novo refém ou entregar os restos mortais.

O acordo de cessar-fogo em Gaza, que entrou em vigor a 19 de janeiro, foi negociado com a participação de enviados do então recém-eleito Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do ainda chefe de Estado no ativo, Joe Biden.

O acordo determinava que os reféns não libertados na primeira fase fossem entregues na segunda fase, durante a qual seriam negociados os planos finais para o fim da guerra.

A primeira fase do cessar-fogo terminou no dia 01 de março, mas Israel e o Hamas não chegaram a acordo sobre como prosseguir.

Desde então, Israel impôs um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza para pressionar o grupo islamita a aceitar um plano alternativo, que visava a libertação dos reféns restantes sem iniciar negociações para acabar com a guerra.

Leia Também: "Não vamos acabar a guerra até que consigamos erradicar o Hamas de vez"

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