"Botas no terreno", EUA "fiáveis" e acordo de paz: Que discutiu Europa?

O chefe de Governo do Reino Unido, Keir Starmer, deixou claro que os Estados Unidos são "um aliado de confiança" e que os passos que estão a ser tomados e planeados pela Europa estão a ser acompanhados em Washington também. Starmer aponta que EUA, Ucrânia e Europa devem avançar juntos.

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© JUSTIN TALLIS/Pool via REUTERS

Notícias ao Minuto
02/03/2025 17:40 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, falou aos jornalistas no final da cimeira sobre a Ucrânia, que juntou quase duas dezenas de líderes europeus.

 

"O objetivo do nosso encontro de hoje foi o de unir os nossos parceiros, fortalecer a Ucrânia e apoiar uma paz, para a segurança de todos. Temos de começar por colocar a Ucrânia na posição mais fortalecida agora, para que eles possam negociar de uma posição de força", afirmou, em conferência de imprensa.

No início da intervenção, Starmer apontou também que os Estados Unidos são um parceiro "indispensável" e relembrou que Londres e Paris iam trabalhar num plano para apresentar a Washington, no âmbito da paz na Ucrânia.

"Temos de aprender com os erros do passado", considerou, relembrando o Acordo de Misnk, assinado em 2015. "Qualquer nação tem de contribuir da melhor forma que puder, mas todos têm de carregar a sua parte do fardo", afirmou, anunciando que hoje foram dados importantes passos, nomeadamente, a continuação do envio de ajuda para a Ucrânia, a "pressão económica" contra a Rússia (sanções).

"Concordámos que qualquer paz duradoura tem de garantir a soberania e segurança da Ucrânia. A Ucrânia tem de estar na mesma [de negociações", continuou.

Starmer referiu ainda que no caso de um acordo de paz, o apoio à defesa da Ucrânia iria aumentar, "para evitar qualquer invasão futura".

"Vamos continuar a desenvolver uma coligação de [países] dispostos ['coalition of the willing'] a defender um acordo na Ucrânia e a garantir a paz. Nem todas as nações se sentirão capazes de contribuir, mas isso não pode significar que fiquemos de braços cruzados. Os que estão dispostos a contribuir intensificarão o planeamento agora com verdadeira urgência. O Reino Unido está preparado para apoiar esta ação com botas no terreno e aviões no ar, juntamente com outros países", enfatizou.

"Europa, Estados Unidos e Ucrânia avançam juntos", garantiu ainda. Starmer foi questionado sobre as suas declarações e sobre a possibilidade de o Reino Unido estar em guerra com a Rússia. "Quero evitar o conflito. Não quero o conflito na Ucrânia, na Europa e, certamente, não quero conflito no Reino Unido. A forma de garantir estabilidade é conseguirmos defender um acordo para a Ucrânia. Aquilo que a nossa História nos ensinou é que se há risco de conflito na Europa, vai dar à costa nas nossas praias", afirmou.

"O que aconteceu nos últimos três anos teve efeito no reino Unido. Todos os passos que estou a tomar é para evitar conflito porque a segurança do Reino Unido é a minha prioridade e dever", explicou.

O primeiro-ministro britânico disse que havia alguns países que estavam interessados em juntar-se a esta coligação e missão para a Ucrânia, mas disse que os ia deixar fazer os seus próprios anúncios.

Starmer 'chamou' novamente os EUA ao assunto, dizendo que este era um acordo que teria de ser conversado com Washington. "Concordamos com uma paz duradoura. Agora, temos de trabalhar nela juntos", afirmou.

"Estamos numa encruzilhada. Não é momento para mais conversas, é tempo de agir, tempo de avançar e liderar e de ter um novo plano, para uma paz duradoura", afirmou.

Questionado sobre o assunto, Starmer rejeitou que Washington não fosse de confiança. "Os Estados Unidos são aliados de confiança para o Reino Unido durante muitas décadas e continuam a ser", garantiu.

"Não vou entrar em pormenores sobre essa conversa, mas não estaria a dar este passo se não pensasse que é algo que produziria um resultado positivo em termos de garantir que avançamos juntos - Ucrânia, Europa, Reino Unido e EUA - em direção a uma paz duradoura", afirmou, depois de dizer que conversou com Trump no sábado à noite.

Leia Também: Starmer em cimeira: "Momento único. Segurança da Ucrânia é vital a todos"

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