Trump promete expandir "drasticamente" produção de minerais nos EUA

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na terça-feira que se prepara para "expandir drasticamente" a produção de minerais críticos e terras raras nos Estados Unidos.

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© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
05/03/2025 06:56 ‧ ontem por Lusa

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"No final desta semana, também tomarei medidas históricas para expandir drasticamente a produção de minerais críticos e terras raras aqui nos Estados Unidos", afirmou o chefe de Estado no seu primeiro discurso perante o Congresso desde que regressou à Casa Branca.

 

Materiais como grafite, lítio, urânio e os 17 elementos químicos conhecidos como terras raras são essenciais para o crescimento económico, para o desenvolvimento tecnológico e para a segurança nacional.

O anúncio surge após a suspensão da assinatura de um acordo com a Ucrânia para a exploração de recursos minerais ucranianos, na sequência de uma discussão acalorada na passada sexta-feira entre Trump e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Contudo, de acordo com Trump, a assinatura desse acordo com a Ucrânia acontecerá em breve.

No primeiro discurso perante o Congresso desde que regressou ao poder, em 20 de janeiro, Donald Trump anunciou também estar a trabalhar "num gigantesco gasoduto de gás natural no Alasca, um dos maiores do mundo, onde Japão, Coreia do Sul e outras nações querem ser parceiras".

"Será realmente espetacular", celebrou.

Trump acusou o seu antecessor, Joe Biden, de cortar "em 95%" o número de novos contratos para exploração de petróleo e gás, de desacelerar a construção de oleodutos e de fechar mais de 100 centrais de energia.

O magnata republicano acusou ainda o executivo de Biden de "desperdiçar" os recursos norte-americanos com a ajuda direcionada para nações estrangeiras, tendo referido, por exemplo, o caso de Moçambique, onde "10 milhões de dólares (9,4 milhões de euros) foram usados para a circuncisão masculina".

"Identificamos desperdícios terríveis", disse Trump, citando igualmente "oito milhões de dólares [7,5 milhões de euros] para promover os LGBT [sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transgénero] na nação africana de Lesoto, da qual ninguém nunca ouviu falar".

Este pequeno país africano, cuja existência Donald Trump disse desconhecer, está preocupado com o fim da ajuda norte-americana, que colocará em causa a continuidade de programas contra o vírus HIV, de acordo com cerca de 30 grupos da sociedade civil.

O Presidente dos Estados Unidos ordenou cortes drásticos no orçamento de ajuda humanitária e ao desenvolvimento, como parte de um plano económico que também visa alinhar esses programas com a política externa de Donald Trump.

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi praticamente desmantelada desde que Trump tomou posse, em 20 de janeiro.

Trump referiu ainda no seu discurso outras ajudas que considera desnecessárias, como os "40 milhões de dólares [37,6 milhões de euros] para bolsas de estudo sobre diversidade, equidade e inclusão em Myanmar" (antiga Birmânia) ou os "40 milhões de dólares para melhorar a inclusão social e económica de migrantes estabelecidos", avaliando que "ninguém sabe o que é isso."

O chefe de Estado denunciou igualmente os "60 milhões de dólares (56,4 milhões de euros) para os povos indígenas e empoderamento afro-colombiano na América Central".

[Notícia atualizada às 07h02]

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