EUA restringem vistos a funcionários estrangeiros que facilitam imigração

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou hoje a restrição de vistos a funcionários governamentais estrangeiros que facilitam a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos da América (EUA).

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© ALLISON ROBBERT/AFP via Getty Images)

Lusa
05/03/2025 17:42 ‧ há 9 horas por Lusa

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"Hoje anuncio uma nova política de restrição de visto que se aplicará a funcionários de Governos estrangeiros, incluindo funcionários de imigração e alfândega, funcionários de autoridades aeroportuárias e portuárias, e outros considerados responsáveis por facilitar deliberadamente a imigração ilegal para os EUA, inclusive por deixarem de aplicar leis de imigração ou por estabelecerem políticas e práticas que facilitem deliberadamente o trânsito de estrangeiros que pretendem imigrar ilegalmente para os EUA pela fronteira sudoeste", indicou Rubio em comunicado.

 

De acordo com o secretário de Estado, os "países ao longo das rotas migratórias devem fazer a sua parte para prevenir e impedir o trânsito de estrangeiros que procuram entrar ilegalmente nos EUA".

A nova política hoje anunciada complementará leis já existentes, referentes a atores do setor privado que deliberadamente fornecem serviços de transporte e viagens a estrangeiros que viajam ilegalmente para os EUA.

Ainda segundo o Departamento de Estado, essa política de restrição de vistos está em conformidade com a Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA, que autoriza o secretário de Estado a barrar qualquer estrangeiro cuja entrada no país "possivelmente teria consequências adversas de política externa" norte-americana, frisando que "certos membros da família" dos visados também podem ser enquadrados nessas restrições.

"Essas medidas terão continuidade até que esses funcionários assumam a responsabilidade de garantir que haja políticas em vigor e que as leis existentes sejam aplicadas para impedir o trânsito de tais indivíduos. Os Estados Unidos não recuarão quando se trata de defender os nossos interesses de segurança nacional", concluiu Rubio.

O anúncio surge poucas horas após um discurso do Presidente dos EUA, Donald Trump, perante o Congresso, onde celebrou o trabalho do seu Governo para melhorar a segurança nas fronteiras e travar a entrada de imigrantes, considerando tratar-se "da repressão mais abrangente nas fronteiras e na imigração da história americana".

No primeiro discurso perante o Congresso desde que regressou ao poder, em 20 de janeiro, Donald Trump afirmou que tudo o que o seu país precisava era "de um novo Presidente" para travar a imigração ilegal.

Num discurso semelhante aos que fez durante a sua campanha eleitoral, Trump descreveu o estado do país que herdou do antecessor, Joe Biden, como um deserto cheio de imigrantes ilegais violentos, advogando que "uma nova era de ouro" está em andamento sob a sua liderança.

A imigração ilegal na fronteira sul dos EUA caiu desde que Trump regressou à Presidência, em 20 de janeiro, decréscimo que coincide com a abordagem de repressão adotada pelo Governo do magnata republicano.

Num olhar a longo prazo, a imigração ilegal nos Estados Unidos vem caindo desde março de 2024, ainda durante a administração de Joe Biden.

Donald Trump prometeu durante a campanha presidencial realizar "deportações em massa" de mais de 11 milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos.

Em contraste com o plano para deportar imigrantes de países pobres, Donald Trump pretende atrair imigração com elevados recursos económicos, anunciado no seu discurso que os "vistos gold", que colocará à venda por cinco milhões de dólares (4,71 milhões de euros), ficarão disponíveis "muito em breve" e servirão como um novo caminho para a cidadania norte-americana.

Leia Também: Rubio exige desculpas a Zelensky após confronto verbal com Trump

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