O diplomata assegurou que "não há cálculos geopolíticos" ou a "procura de uma esfera de influência" na cooperação entre a China e os países latino-americanos e que o seu país "sempre aderiu ao princípio da igualdade de tratamento" nos seus laços com as nações da região.
O presidente norte-americano James Monroe (1817-1825) estabeleceu há 200 anos uma doutrina originalmente anticolonialista, que ao longo da História tem sido utilizada por Washington para justificar o seu "intervencionismo" na América Latina.
A região "não é o quintal de ninguém", garantiu Wang, durante uma conferência de imprensa realizada no âmbito da sessão plenária da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China.
O responsável chinês afirmou que "o respeito pela vontade do povo latino-americano responde às necessidades dos países da região e oferece uma opção fiável e amplas perspetivas para a revitalização da América Latina".
Wang também destacou os "resultados frutíferos" da cooperação entre a China e os países latino-americanos no âmbito de mecanismos como o Fórum China - América Latina, nos últimos anos, e disse que os dois lados "continuarão a promover sua cooperação a um novo nível" este ano.
Esta semana, a China classificou de "completamente falsas" as acusações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que Pequim controla o Canal do Panamá.
O Presidente chinês, Xi Jinping, fez uma viagem à América Latina em novembro passado, onde defendeu o comércio livre e propôs a redução das taxas sobre os países menos desenvolvidos que mantêm relações diplomáticas com Pequim, numa altura em que Trump tem defendido a imposição de taxas sobre produtos provenientes tanto da China como de países latino-americanos.
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