"Ouvimos falar disso, mas ainda não recebemos nada", respondeu Abbas Araghchi, quando questionado por um jornalista da televisão estatal à margem de uma receção ao líder supremo, o aiatola Ali Khamenei.
"Temos uma situação com o Irão e algo vai acontecer muito em breve, muito, muito em breve", disse Trump aos jornalistas na Sala Oval, na sexta-feira, acrescentando que faltam apenas "os últimos retoques" para chegar a um acordo e que "vão ser dias interessantes".
O Presidente norte-americano insistiu que prefere "m acordo de paz à outra opção (militar)", algo que já tinha afirmado anteriormente, e garantiu que Washington não pode "permitir que eles tenham uma arma nuclear", referindo-se ao Irão.
Após o seu regresso ao poder, Trump voltou a impor a chamada política de "pressão máxima" contra o Irão e aprovou novas sanções para cortar a venda de petróleo iraniano.
Por seu turno, o aiatola Ali Khamenei já tinha rejeitado a possibilidade de negociar, considerando que falar com Washington "não é sensato, não é inteligente e não é honroso".
A mais alta autoridade religiosa recordou que, em 2018, Trump abandonou o pacto nuclear de 2015, assinado entre o Irão e seis potências, que limitava o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções.
Após a saída dos Estados Unidos da América do acordo nuclear, o Irão está a enriquecer urânio muito acima do nível permitido e já tem 274 quilogramas enriquecidos com 60% de pureza, dos quais cerca de 90% destinam-se a uso militar, segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
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