De acordo com um relatório da organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a violência causou já mais de mil mortos civis.
Peskov indicou que a diplomacia russa está em contactos com outros países, sem especificar, e sublinhou que Moscovo quer uma Síria "unida e próspera".
Para a Rússia, país aliado do governo sírio deposto, os últimos combates entre as forças que dominam Damasco e elementos fiéis ao regime deposto podem ter "consequências nefastas" para toda a região do Médio Oriente.
O recente agravamento da violência na Síria ameaça a estabilidade de um país que atravessa uma transição precária desde a chegada ao poder, em dezembro passado, de uma coligação dominada por islamistas.
Na Síria, a Rússia mantém uma base aérea e uma instalação naval.
Desde o fim do regime do presidente sírio Bashar al-Assad que Moscovo tem tentado estabelecer contactos com a nova administração de Damasco, na esperança de manter o controlo e a utilização dos meios militares no país.
Na segunda-feira, o OSDH, com sede em Londres e uma vasta rede de informadores na Síria, indicou que 1.068 civis foram mortos desde 06 de março nos confrontos entre as novas forças de segurança sírias e os apoiantes de Al-Assad, atualmente exilado na Rússia.
As mortes ocorreram na região ocidental da Síria, povoada pela minoria alauita, da qual Bashar al-Assad é descendente.
No domingo, durante uma cerimónia religiosa, o patriarca ortodoxo de Antioquia, João X, disse que muitos cristãos também foram mortos em combates, sem fornecer números.
O OSDH indicou ainda não dispor de dados sobre vítimas mortais entre os cristãos sírios.
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