Sentindo-se ameaçada pelo seu vizinho russo, nomeadamente com eventuais pretensões de Moscovo na sequência da invasão à Ucrânia, a Polónia iniciou nos últimos um programa de modernização do exército.
Na passada sexta-feira, Tusk já tinha avançado com a ideia de um novo programa de formação militar para garantir que todos os adultos na Polónia recebam formação "em caso de guerra" e que o país tenha uma força militar de reserva "adaptada a potenciais ameaças".
Hoje, Tusk declarou que até 2027, poderão ser formados 100.000 voluntários por ano.
"Estou convencido de que não faltarão candidatos e, para nós, é uma questão de garantir que todos os interessados possam receber essa formação. Além do exército profissional e das WOT (forças de defesa territorial), precisamos de construir um exército de facto de reservistas", disse Tusk.
Os membros do governo também serão objeto de formação militar, afirmou.
"Acabei de informar os ministros que os membros do governo e os seus funcionários também vão receber formação. Isto é voluntário. Foi aceite com toda a compreensão", disse Tusk na rede social X.
O programa destina-se a pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos e o Governo utilizará todos os tipos de incentivos para atrair voluntários.
Os voluntários poderão frequentar um curso de formação de base com a duração de um mês e, depois, eventualmente, cursos de formação especializada com a duração de mais onze meses.
´ Serão oferecidos aos voluntários cursos de condução profissional, incluindo de veículos pesados.
"Isto será útil em caso de guerra, mas também na vida, para aqueles que estão interessados em ter este tipo de carta de condução", disse Tusk.
Atualmente, cerca de 35.000 pessoas por ano recebem formação militar básica semelhante.
A Polónia está muito à frente dos seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) em termos de orçamento da defesa, pretendendo gastar 4,7% do seu PIB (Produto Interno Bruto) na defesa este ano.
Com cerca de 37,5 milhões de habitantes, a Polónia tem um exército de mais de 200.000 soldados, o que a torna a terceira maior força da Aliança Atlântica, depois dos Estados Unidos e da Turquia.
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