O FSB acusa os serviços especiais ucranianos de terem planeado o atentado, entretanto frustrado.
Num comunicado de imprensa, o FSB indicou que cinco pacotes contendo engenhos explosivos colocados em caixas de perfume foram apreendidos no aeroporto de Chelyabinsk, na região russa dos Urais.
Segundo a mesma fonte, os pacotes armadilhados tinham como alvo militares e funcionários públicos que ajudam unidades militares destacadas na Ucrânia.
O FSB refere que as bombas artesanais estavam escondidas no aeroporto de Chelyabinsk e destinavam-se a ser enviadas pelos correios por um cidadão russo, nascido em 2003, que foi recrutado pelos serviços especiais ucranianos.
Os destinatários eram residentes em Moscovo, Voronezh, região de Krasnodar e região de Saratov, segundo o documento oficial.
De acordo com as autoridades de Moscovo, após o envio das encomendas armadilhadas, os serviços especiais ucranianos cessaram todos os contactos com o executor, sem lhe pagar a recompensa prometida.
Em 2024, o mesmo homem já tinha, alegadamente, recolhido informações, a soldo de Kyiv, sobre militares russos que viviam em Enguels, na região de Saratov, e sobre empregados de uma empresa militar russa.
O alegado operacional foi acusado de tráfico de explosivos e tentativa de atentado.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 2014 e 2022, tem visto várias personalidades russas ou pró-russas serem alvo de atentados nos últimos três anos.
A maioria destes ataques foi atribuída a Kyiv ou reivindicada pelos serviços secretos ucranianos (SBU), sendo o mais recente o assassinato do general russo Igor Kirillov em Moscovo, em dezembro de 2024.
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