Hong Kong nomeia nova líder do gabinete em Londres após caso de espionagem

Hong Kong nomeou hoje Fiona Chau Suet-mui como nova diretora-geral do escritório comercial da região semiautónoma chinesa em Londres, dez meses depois de um escândalo de espionagem que envolveu um dirigente deste gabinete.

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Lusa
17/03/2025 06:40 ‧ ontem por Lusa

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Hong Kong

Num comunicado, o Governo de Hong Kong disse que Fiona Chau irá assumir de imediato o cardo que até agora pertencia a Gilford Law Sun-on, destacado na capital do Reino Unido desde 2021.

 

Chau será responsável pela promoção das relações bilaterais de Hong Kong com o Reino Unido, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Noruega, Rússia e Suécia.

Citada no comunicado, a dirigente prometeu trabalhar para promover "a competitividade internacional" de Hong Kong e "fortalecer os laços económicos, comerciais e culturais" com os nove países.

Chau, que já tinha trabalhado nos escritórios comerciais de Hong Kong em Whasington e em Bruxelas, era até hoje responsável pelas políticas de renovação urbana no Departamento de Desenvolvimento do Governo do território.

Esta nomeação surge dez meses depois de Bill Yuen Chung-biu, de 63 anos, um dirigente do escritório, ter sido acusado de ajudar os serviços de informações de Hong Kong e de interferência estrangeira.

Yuen e dois outros suspeitos, Peter Wai Chi-leung, de 38 anos, e Matthew Trickett, de 37 anos, foram detidos no início de maio e colocados sob medidas de coação.

Trickett foi encontrado morto uma semana depois de ter ido a tribunal num parque em Maidenhead, a oeste de Londres, tendo a polícia britânica iniciado uma investigação ao caso.

Na altura da detenção, a representação do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em Hong Kong "condenou veementemente" o governo britânico por "fabricar acusações, prender arbitrariamente cidadãos chineses e difamar" o governo de Hong Kong.

Hong Kong tem sido uma fonte específica de tensões entre o Reino Unido e a China devido à sua história única como antiga colónia britânica que foi devolvida ao controlo chinês em 01 de julho de 1997.

Depois de o governo de Hong Kong ter aprovado, em 2020, uma lei de segurança nacional abrangente que restringe os direitos democráticos anteriormente garantidos aos residentes do território, o Reino Unido flexibilizou as regras de imigração para os habitantes de Hong Kong nascidos antes da transferência de controlo.

Cerca de 5,4 milhões de residentes de Hong Kong são elegíveis para um visto que lhes permite viver e trabalhar no Reino Unido e tornar-se cidadãos após cinco anos de residência. 

A repressão do movimento pró-democracia levou muitos a procurarem asilo em solo britânico.

Mais de 191.000 pessoas já receberam os vistos e o governo estima que cerca de 322.000 serão concedidos no final.

Em julho de 2023, Londres protestou veementemente contra os mandados de captura e as promessas de recompensa emitidas contra ativistas pró-democracia que tinham fugido de Hong Kong.

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