Segundo disse aos jornalistas o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmail Baghai, este contacto faz parte da continuidade da ligação do Irão com a AIEA.
Gharibabadi participou nas negociações sobre o nuclear com os seus colegas russo e chinês em Pequim na sexta-feira.
Entretanto, a diplomacia iraniana considerou hoje que a carta enviada ao Irão pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, a pedir um acordo nuclear, "não está muito distante" das suas declarações públicas.
Donald Trump, que em 2018 retirou os Estados Unidos de um acordo internacional com o Irão durante o seu primeiro mandato, diz agora que está aberto ao diálogo com Teerão para regular as atividades nucleares.
O presidente norte-americano revelou que escreveu uma carta nesse sentido aos líderes iranianos.
"O conteúdo da carta não está muito distante das declarações públicas de Trump e usa os mesmos elementos" de linguagem, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, na conferência de imprensa semanal.
"Não temos intenção de publicar o conteúdo neste momento", acrescentou Baghai, acrescentando que o Irão ainda está a considerar como irá responder.
Teerão anunciou na quarta-feira ter recebido uma carta de Donald Trump, através de um diplomata de topo dos Emirados Árabes Unidos.
O Irão e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas desde 1980.
Em 2015, o Irão chegou a um acordo com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Rússia, Estados Unidos, França e Reino Unido) e a Alemanha para regular as suas atividades nucleares.
Os países ocidentais suspeitam que Teerão queira adquirir armas nucleares há décadas, mas o Irão rejeita estas alegações afirmando que o seu programa nuclear existe apenas para fins civis.
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