Numa publicação nas redes sociais, Trump justificou a nomeação de Bedford para o cargo de administrador da Agência Federal de Aviação (FAA) com os "mais de trinta anos de experiência em aviação e liderança empresarial" do gestor.
Trump sublinhou que Bedford, juntamente com o secretário dos Transportes, Sean Duffy, irá trabalhar para "reformar vigorosamente [a FAA], preservar as exportações e garantir a segurança dos quase mil milhões de movimentos anuais de passageiros".
A nomeação de Bryan Bedford terá ainda de ser aprovada pelo Senado.
Formado em contabilidade e finanças, Bedford assumiu em 1999 a direção da Republic Airways, empresa fundada em 1974 e sediada em Indianápolis (Indiana).
O cargo de administrador da FAA foi deixado vago por Mike Whitaker, que anunciou em dezembro que se demitiria a 20 de janeiro, dia da tomada de posse de Donald Trump.
Nomeado em outubro de 2023, Whitaker era o quarto chefe da FAA desde agosto de 2019 e teve de lidar com as consequências do incidente ocorrido em janeiro de 2024 durante o voo de um Boeing 737 MAX 9, entregue algumas semanas antes, que pôs em evidência os problemas de qualidade da produção do construtor aeronáutico.
O gigante aeroespacial, que esteve envolvido em dois acidentes mortais em 2018 e 2019 (346 mortes no total), está a ter problemas de qualidade nas suas três famílias de aviões - 737, 787 Dreamliner e 777 - bem como no seu ramo de Defesa e Espaço.
A FAA foi igualmente criticada após um acidente ocorrido em 29 de janeiro, que causou a morte de 67 pessoas na colisão de um helicóptero militar e um avião que se aproximava do aeroporto Ronald Reagan, em Washington, DC.
A instituição enfrenta igualmente uma falta de pessoal nas suas torres de controlo desde, pelo menos, meados de 2023.
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