Os ferros, as espadas e as bandarilhas vão ser proibidas na arena, que tem capacidade para 42 mil pessoas, depois de aprovada a proposta pela presidente da autarquia Carla Brugada, de esquerda, pelo congresso local, por 61 votos contra apenas um.
Apenas passa a ser autorizado "o uso da capa e da muleta", conforme os termos da proposta aprovada.
Esta reforma procura "harmonizar a tradição cultural com a obrigação constitucional de reconhecer e proteger" o direitosdos animais, declarou o deputado Victor Hugo Romo, do partido Morena (Movimento para a Regeneração Nacional).
Assim, o México proíbe "a morte do touro no interior e no exterior da arena". Isto é, depois do espetáculo terminado, o animal regressa onde estava.
São proibidos os objetos cortantes, "que provocam feridas ou a morte do touro", como espadas, ferros e bandarilhas.
Uma nova figura jurídica, o do "espetáculo taurino livre de violência", sai desta legislação, que também procura manter a atividade económica e o emprego associado à tauromaquia.
As organizações que promoviam as corridas declararam a sua oposição, na semana passada, ao fim dos espetáculos com a morte do animal.
O debate, de resto, está espalhado na América Latina. Em Bogotá, na Colômbia, e em Quito, no Equador, também é proibido matar o animal. Na Venezuela, algumas corridas foram anuladas, enquanto no Peru os tribunais deliberaram contra a interdição.
Em França, o Senado rejeitou em novembro uma proposta de lei que vidava proibir o acesso às corridas aos menores de 16 anos.
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