Os Estados Unidos já desclassificaram, tal como anunciado na segunda-feira, os milhares de documentos relacionados com a morte do antigo presidente dos EUA John F. Kennedy.
Em causa estão mais de 80 mil páginas de documentos que estão podem ser consultados aqui.
Não é, no entanto, claro quantas destas páginas estão entre os milhões de páginas de registos que já foram tornados públicos.
"Temos uma quantidade tremenda de papel. Tem muita leitura", destacou Trump, ao visitar o John F. Kennedy Center for the Performing Arts, em Washington.
Já na segunda-feira, quando anunciou que a documentação iria ser tornada pública esta terça-feira, Trump disse que "as pessoas estão à espera disto há décadas".
Os investigadores estimam que cerca de 3.000 registos não foram divulgados, no todo ou em parte. E no mês passado, o FBI (polícia federal) disse ter descoberto cerca de 2.400 novos registos relacionados com o homicídio.
Muitos dos que estudaram o que foi divulgado até agora pelo governo dizem que o público não deve esperar nenhuma revelação assoladora dos documentos recentemente divulgados, mas ainda há um interesse intenso em detalhes relacionados com o assassinato e os acontecimentos que o rodeiam.
Kennedy foi morto em 22 de novembro de 1963, durante uma visita a Dallas. Enquanto a sua comitiva terminava a sua rota de desfile no centro da cidade, foram ouvidos tiros no edifício do Texas School Book Depository.
A polícia deteve Lee Harvey Oswald, de 24 anos, que estava numa posição de atirador no sexto andar. Dois dias depois, o dono da discoteca Jack Ruby disparou fatalmente sobre Oswald durante uma transferência da prisão.
Um ano após o assassinato, a Comissão Warren, criada pelo presidente Lyndon B. Johnson para investigar o incidente, concluiu que Oswald agiu sozinho e que não havia provas de conspiração. Mas isso não acabou com uma rede de teorias alternativas ao longo das décadas.
A promessa de desclassificar estes documentos foi feita por Donald Trump durante a campanha eleitoral do ano passado. Já seu primeiro mandato (2017-21), Trump ordenou a divulgação substancial dos registos do assassínio do ex-presidente John F. Kennedy (que assumiu o cargo entre 1961-63), mas alguns foram retidos devido a preocupações levantadas pelos serviços de informações.
No final de novembro, e após a sua eleição para um segundo mandato na Casa Branca, Donald Trump repetiu a sua promessa de campanha de tornar públicos os últimos ficheiros classificados como "ultrassecretos" nos Arquivos Nacionais relativos ao assassínio de John Kennedy.
Logo nos primeiros dias deste seu segundo mandato Trump assinou uma ordem executiva que ordenava ao governo federal que apresentasse um plano para divulgar registos relacionados não só com o assassinato de Kennedy, como também do seu irmão Robert Kennedy, que foi procurador-geral dos EUA, e do ativista Martin Luther King Jr.
No domingo, o presidente norte-americano anunciou também que novos documentos sobre o caso Jeffrey Epstein seriam desclassificados.
[Notícia em atualização]
Leia Também: Documentos sobre morte de JFK tornados públicos na terça-feira