"O mundo está a mudar e os nossos adversários estão cada vez mais encorajados", frisou Mark Carney aos jornalistas em Iqaluit, Nunavut, um território no nordeste do Canadá.
"As instituições e normas internacionais que mantiveram o Canadá seguro estão agora a ser desafiadas. E as prioridades dos Estados Unidos, o nosso aliado, outrora estreitamente alinhadas com as nossas, estão a começar a mudar", acrescentou.
Após uma viagem à Europa, o primeiro-ministro, que tomou posse na sexta-feira, viajou para este território canadiano junto à Gronelândia, "para reafirmar a soberania e a segurança do Canadá no Ártico".
Donald Trump tem manifestado repetidamente o seu desejo de anexar a Gronelândia, um território autónomo dinamarquês.
A Austrália é um peso pesado na tecnologia de radar para além do horizonte, um sistema avançado que pode detetar ameaças numa ampla área.
Também foi anunciado hoje um investimento de 383 milhões de euros pelo primeiro-ministro canadiano para reforçar a presença militar do Canadá no Extremo Norte ao longo do ano.
"Proteger o Canadá é uma das principais prioridades estratégicas do nosso governo. Temos de fazer mais", vincou Mark Carney.
O ministro da Defesa, Bill Blair, anunciou no início deste mês a criação de três novos centros militares no Ártico.
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