Ataque israelita no sul do Líbano causa um morto

Uma pessoa foi morta hoje num ataque israelita no sul do Líbano, na sequência de ataques intensos na região durante o fim de semana, informaram os meios de comunicação social estatais.

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Lusa
24/03/2025 23:46 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Líbano

"Um ataque efetuado por um drone inimigo israelita a um carro na localidade de Qaqaiyat al-Jisr causou a morte de uma pessoa", declarou a agência noticiosa nacional do Líbano, citando um relatório provisório do Ministério da Saúde libanês.

 

Israel realizou ataques contra o sul do Líbano no sábado, matando pelo menos oito pessoas, em resposta aos disparos de projéteis que visaram o seu território pela primeira vez desde a entrada em vigor de uma trégua em 27 de novembro.

Nenhuma das partes reivindicou a responsabilidade pelo disparo dos 'rockets'contra a cidade israelita de Metula, no norte, que uma fonte militar disse terem sido lançados de uma região que faz fronteira com a área abrangida pelo acordo de tréguas que pôs fim a uma guerra mortal entre Israel e o Hezbollah libanês pró-iraniano.

O acordo estipula que apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz da ONU serão destacados para sul do rio Litani e que o Hezbollah desmantelará as suas infraestruturas e retirar-se-á para norte do rio.

Contudo a guerra enfraqueceu muito o Hezbollah, que continua a ser regularmente alvo de ataques israelitas, apesar do acordo de tréguas.

Durante o fim de semana, as autoridades libanesas tiveram de estabelecer contactos intensivos com Washington e Paris para evitar que Israel bombardeasse Beirute, disse à AFP um funcionário que pediu o anonimato.

O Ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou no sábado, após os ataques com 'rockets' a Metula, que "o destino de Metula é o mesmo que o de Beirute".

No sábado, um ataque israelita matou oito pessoas no Líbano, também em resposta a ataques de 'rockets' desde o país.

Num comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano condenou "uma agressão militar em grande escala", acusando Israel de ser "uma verdadeira ameaça à paz e à segurança internacionais".

O acordo de cessar-fogo interrompeu as hostilidades entre o Exército israelita e o Hezbollah, que tinha aberto uma frente contra Israel em solidariedade com o movimento islamita palestiniano Hamas a 08 de outubro de 2023, o dia seguinte ao do início da guerra na Faixa de Gaza.

A trégua trouxe uma relativa calma ao Líbano após mais de um ano de hostilidades, apesar dos ataques que Israel continua a efetuar a cada dois ou três dias contra alvos apresentados como estando ligados ao Hezbollah, desde a retirada incompleta das tropas do sul do país vizinho, a 15 de fevereiro.

O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, alertou para o risco do recomeço de operações militares na fronteira sul, o que pode "arrastar o país para uma nova guerra, com consequências desastrosas".

A força de manutenção da paz da ONU no Líbano (FINUL) também expressou preocupação com uma "possível escalada" da violência.

A FINUL "exorta todas as partes a evitarem minar os progressos realizados, especialmente quando estão em causa vidas civis e a frágil estabilidade. Qualquer nova escalada pode ter consequências graves para a região", avisou em comunicado.

Leia Também: Irão condena "agressão militar" de Israel ao Líbano

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