Tráfego dos EUA obrigado a contornar Golfo devido a ameaça de Hutis

Um conselheiro da Casa Branca afirmou no domingo que, devido aos ataques dos rebeldes iemenitas Hutis, três quartos do tráfego marítimo norte-americano no mar Vermelho veem-se atualmente obrigados a contornar a zona e passar pelo sul de África.

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© SAUL LOEB/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
24/03/2025 06:27 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Setenta e cinco por cento do nosso tráfego marítimo com pavilhão norte-americano tem de passar pela costa sul de África ao invés de atravessar o canal do Suez", declarou Mike Waltz, conselheiro para a Segurança Nacional do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à estação televisiva CBS.

 

País pobre da Península Arábica, o Iémen vive, desde 2014, uma guerra civil que já fez centenas de milhares de mortos e causou uma catástrofe humanitária sem precedentes.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, os Huthis, que controlam vastas áreas do Iémen, realizaram vários ataques com mísseis contra Israel e navios acusados de ligações com Israel, afirmando estarem a agir em solidariedade com os palestinianos.

Numa chamada telefónica com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, também "expressou a determinação do Governo [dos Estados Unidos] de restaurar a liberdade de navegação no mar Vermelho, através de operações militares contra os Huthis, apoiados pelo Irão", indicou o seu gabinete no domingo num comunicado.

"No decurso dos últimos 18 meses, os Huthis atingiram ou atacaram a Marinha dos Estados Unidos 174 vezes e atacaram o tráfego comercial 145 vezes", afirmou na quarta-feira o Departamento de Estado norte-americano.

Após a entrada em vigor, a 19 de janeiro, de um frágil cessar-fogo na Faixa de Gaza, o movimento iemenita, aliado do Hamas e apoiado pelo Irão, cessou os seus ataques.

Mas anunciou a 11 de março a intenção de os retomar ao largo do Iémen, depois da recusa de Israel de permitir a entrada e distribuição de ajuda humanitária no território palestiniano.

Neste contexto, os Estados Unidos realizam, há mais de uma semana, ataques a bastiões rebeldes Huthis, os primeiros desde 20 de janeiro, data em que Donald Trump tomou posse para o seu segundo mandato presidencial (2025-2029).

"O Presidente Trump decidiu atacar os Huthis e atacá-los com força, ao contrário do anterior Governo", do democrata Joe Biden, afirmou Mike Waltz na CBS no domingo.

"Manter as rotas marítimas abertas, manter o comércio aberto, é um aspeto fundamental da nossa segurança nacional", sustentou o conselheiro da Casa Branca, perante rebeldes Huthis que têm "mísseis de cruzeiro avançados, mísseis balísticos e algumas das mais sofisticadas defesas antiaéreas, tudo fornecido pelo Irão".

Uma semana antes, Waltz tinha afirmado que os ataques dos Estados Unidos a bastiões Huthis tinham eliminado vários altos responsáveis Huthis do movimento.

Por seu lado, os rebeldes iemenitas divulgaram um balanço de 53 mortos e 98 feridos.

Leia Também: Huthis reivindicam ataque contra aeroporto de Telavive

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