Afeganistão diz que EUA suspendeu recompensas por captura de talibã

Os talibãs afegãos disseram este domingo que os Estados Unidos suspenderam as recompensas por três líderes do regime de Cabul, incluindo o ministro do Interior, Sirajuddin Haqqani.

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Lusa
23/03/2025 06:37 ‧ há 2 dias por Lusa

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Afeganistão

Haqqani, que reconheceu ter planeado um ataque em janeiro de 2008 contra o Hotel Serena, em Cabul, que matou seis pessoas, incluindo o cidadão norte-americano Thor David Hesla, já não aparece no portal do Departamento de Estado norte-americano.

 

O porta-voz do Ministério do Interior, Abdul Mateen Qani, disse que o Governo dos Estados Unidos revogou as recompensas que prometia pagar pela captura de Sirajuddin Haqqani, assim como de Abdul Aziz Haqqani e Yahya Haqqani, ambos familiares do ministro.

A rede Haqqani tornou-se um dos braços mais mortíferos dos talibãs após a invasão do Afeganistão, liderada pelos EUA, em 2001.

O grupo colocou bombas em estradas, organizou atentados suicidas e outros ataques, incluindo contra as embaixadas da Índia e dos EUA e a presidência afegã.

A rede está também ligada a extorsão, sequestro e outras atividades criminosas.

O anúncio surge três dias depois do chefe da diplomacia dos talibãs afegãos, o ministro Amir Khan Muttaqi, ter recebido em Cabul uma delegação norte-americana chefiada pelo enviado dos Estados Unidos para os prisioneiros, Adam Boehler.

As duas partes discutiram "as relações bilaterais, a libertação de prisioneiros e os serviços consulares para os afegãos nos Estados Unidos", disse o gabinete, num comunicado.

Na reunião com Muttaqi, Boehler estava acompanhado pelo antigo enviado para o Afeganistão, Zalmay Khalilzad, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros afegão.

Tratou-se da primeira visita de representantes da administração de Donald Trump à capital afegã desde a tomada de posse do Presidente em janeiro, disse o porta-voz adjunto do ministério, Hafiz Zia Ahmad.

O Afeganistão e os Estados Unidos "devem sair dos efeitos da guerra de 20 anos e ter relações políticas e económicas", disse Muttaqi.

O ministro dos Negócios Estrangeiros talibã apelou ao "diálogo para resolver os problemas".

Pouco depois do encontro, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a libertação de George Glezmann, um norte-americano que tinha sido feito refém há mais de dois anos pelos talibãs no Afeganistão, após um acordo mediado por negociadores do Qatar.

Em janeiro, os norte-americanos Ryan Corbett e William McKenty, detidos no Afeganistão, foram libertados em troca de um combatente afegão, Khan Mohammed, condenado por narcoterrorismo nos Estados Unidos.

Nenhum país reconheceu oficialmente o novo Governo afegão, mas vários países, incluindo Paquistão, Rússia, China, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Irão, mantiveram as embaixadas abertas em Cabul após o regresso dos talibãs ao poder.

Leia Também: Libertado norte-americano refém dos talibãs há mais de dois anos

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