"Alexander Fedortchak, correspondente do Izvestia, foi morto na zona da operação militar especial", declarou o jornal, utilizando o termo oficial russo para a invasão russa na Ucrânia, desencadeada há três anos.
O jornalista estava a trabalhar nos arredores de Kupiansk, na região ucraniana de Kharkiv, acrescentou o Izvestia.
As tropas do Kremlin estão agora perto de Kupiansk, uma cidade com uma população de cerca de 25.000 habitantes antes do conflito e o principal reduto ucraniano na região.
A informação da morte do jornalista foi conhecida hoje, acrescenta o Izvestia, sem indicar se este foi também o dia da morte do repórter.
As circunstâncias da sua morte "estão a ser esclarecidas", adianta.
Em janeiro, Alexander Martemianov, um jornalista freelancer que trabalhava para o Izvestia, foi morto por um ataque de um 'drone' ucraniano no leste do país, segundo o jornal.
Vários jornalistas, incluindo de meios de comunicação internacionais, foram mortos ou feridos enquanto cobriam os combates no lado ucraniano da frente.
O coordenador de vídeo da AFP na Ucrânia, Arman Soldin, foi morto em 9 de maio de 2023, aos 32 anos de idade, vítima de disparos de artilharia quando fazia uma reportagem na vila ucraniana de Chassiv Iar, perto da linha da frente na região de Donetsk.
Segundo ONG especializadas, no total cerca de 15 jornalistas perderam a vida no exercício das suas funções desde o início do conflito.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
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