Oposição israelita compromete-se a "coordenar ações" contra reforma judicial

Os partidos da oposição israelita comprometeram-se hoje a "coordenar as suas ações" contra a reforma judicial proposta pelo Governo, que visa aumentar o poder do executivo na seleção dos juízes e limitar as decisões dos tribunais.

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© Lisi Niesner/Reuters

Lusa
26/03/2025 20:57 ‧ há 3 dias por Lusa

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Israel

"Na sequência das últimas conversações entre as diferentes fações da oposição, decidimos atuar de forma conjunta com todos os nossos deputados e lutar de forma decisiva contra o golpe legislativo liderado pela coligação" de direita e extrema-direita no poder, afirmaram os partidos num comunicado conjunto.

 

Consideram que, com este projeto que põe em causa a independência do poder judicial em Israel, o Governo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está "a minar os fundamentos da democracia", uma coisa contra a qual "toda a oposição se levantará" até que "qualquer tentativa de transformar Israel numa ditadura acabe".

A iniciativa - que surge no momento em que os deputados debatem a polémica reforma do sistema judicial israelita - congregará não só as fações sionistas da oposição, mas também a Lista Árabe Unida e o partido Hadash-Taal, de maioria árabe.

Por seu lado, o líder do partido Unidade Nacional, Benny Gantz, apelou aos cidadãos israelitas para que protestem junto ao parlamento ao longo da tarde, enquanto no interior se debate a redação final do diploma.

"Hoje, um ano e meio depois da maior catástrofe da história de Israel, Netanyahu não só não consegue resolver o problema dos reféns, como procura levar a cabo um golpe de Estado judicial", afirmou.

Referia-se ao ataque de dimensões sem precedentes levado a cabo a 07 de outubro de 2023 por milícias ligadas ao movimento islamita palestiniano Hamas, que se infiltraram em território israelita a partir da Faixa de Gaza e mataram cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestraram 251, o que desencadeou horas depois uma guerra de Israel naquele território palestiniano para "erradicar" o Hamas e que já fez mais de 50.000 mortos, na maioria civis.

"Querem aprovar uma lei para politizar a comissão de seleção judicial. Durante estes dias, não podemos perder a esperança, temos de fazer ouvir as nossas vozes", sustentou, antes de emitir um apelo no Knesset (parlamento israelita).

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