"Nawaf Salam advertiu contra o risco de recomeço das operações militares na fronteira sul", segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro citado pela agência francesa AFP.
Salam disse que um novo conflito com Israel "poderá conduzir o país a uma nova guerra, com consequências desastrosas para o Líbano".
O primeiro-ministro contactou o ministro da Defesa "para garantir que só o Estado tem o poder de decidir sobre a guerra e a paz", acrescentou, numa alusão ao poderoso grupo libanês pró-iraniano Hezbollah.
Pouco antes do comunicado de Beirute, Israel tinha denunciado um ataque com foguetes contra o norte do país a partir do sul do Líbano.
As autoridades israelitas disseram que a força aérea intercetou os foguetes e prometeram responder ao ataque, que não foi reivindicado.
A agência libanesa ANI noticiou que aviões israelitas sobrevoaram o setor oriental do sul do Líbano e que os mísseis usados para intercetar os 'rockets' explodiram nessa região.
As sirenes de ataque aéreo soaram às 07:30 locais (05:30 em Lisboa) em Metula, uma aldeia no norte de Israel que faz fronteira com o Líbano.
O chefe do Estado-Maior do exército israelita, general Eyal Zamir, prometeu que o exército vai responder ao lançamento de foguetes do Líbano em direção ao norte de Israel.
"O exército responderá com severidade aos ataques desta manhã", declarou Zamir, citado pela AFP.
A declaração foi divulgada no final de uma reunião liderada por Zamir para avaliar a situação, segundo um comunicado militar.
"O Líbano tem a responsabilidade de respeitar o acordo de tréguas concluído em 27 de novembro com o Hezbollah", acrescentou.
A trégua pôs fim a dois meses de conflito aberto entre o exército israelita e o Hezbollah.
O grupo libanês tinha aberto uma frente contra o exército israelita no início da guerra entre Israel e o seu aliado palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.
Tanto o Hezbollah como o grupo radical palestiniano Hamas fazem parte do chamado "eixo de resistência" contra Israel liderado pelo Irão.
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