Israel alega que jornalista morto em Gaza era atirador do Hamas

O exército israelita assumiu hoje a responsabilidade pelo ataque que matou um jornalista da televisão Al-Jazeera no norte da Faixa de Gaza na segunda-feira, alegando que era um atirador do Hamas.

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© ABOOD ABOSALMA/Middle East Images/AFP via Getty Images

Lusa
25/03/2025 10:09 ‧ ontem por Lusa

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Médio Oriente

Jerusalém, 25 mar 2025 (Lusa) - O exército israelita assumiu hoje a responsabilidade pelo ataque que matou um jornalista da televisão Al-Jazeera no norte da Faixa de Gaza na segunda-feira, alegando que era um atirador do Hamas.

 

O Exército e o Shin Bet (serviço de segurança interna) "eliminaram um terrorista do Hamas que também trabalhava como jornalista para a Al Jazeera", afirmaram o exército e o Shin Bet numa declaração conjunta.

De acordo com o texto, Hossam Shabat era "um atirador terrorista do batalhão do Hamas em Beit Hanoun", uma cidade no norte da Faixa de Gaza.

Shabat foi morto na segunda-feira num ataque israelita na Faixa de Gaza, onde o exército continua com operações terrestres a cercar um bairro de Rafah, no sul do território palestiniano.

Desde que Israel retomou as operações militares, em 18 de março, pelo menos 730 palestinianos foram mortos no território sitiado e devastado, segundo o Ministério da Saúde do Hamas em Gaza, que reportou 57 mortes nas últimas 24 horas.

Hossam Shabat trabalhou para a Al-Jazeera Mubasher, o serviço de transmissão em direto em árabe, declarou o canal de televisão do Qatar. A Defesa Civil de Gaza informou que o seu carro foi alvo de um 'drone' em Beit Lahia (norte).

Segundo imagens da AFPTV, o carro, que tinha a identificação do canal, foi atingido na traseira e o corpo do jornalista foi encontrado caído no chão nas imediações.

De acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Israel acusou Hossam Shabat de ser membro do Hamas, o que o movimento islâmico negou veementemente.

A Defesa Civil de Gaza informou ainda que um funcionário da estação de televisão Palestina Hoje, do grupo Jihad Islâmica, Mohamed Mansour, foi morto noutro ataque em Khan Younis (sul).

O Sindicato dos Jornalistas palestiniano acusou Israel de cometer "um novo massacre contra os jornalistas".

Em 15 de março, quatro jornalistas foram mortos num ataque israelita em Beit Lahia, onde trabalhavam nesse dia para uma organização de solidariedade.

Segundo o Sindicato, mais de 206 jornalistas e profissionais dos meios de comunicação foram mortos desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo sangrento ataque do Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, quando morreram mais de 1.200 pessoas e outras 250 foram sequestradas.

Mais de 50.000 pessoas já morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra, segundo fontes de saúde do Hamas no enclave palestiniano.

Leia Também: Jornalista em grupo ultrassecreto? Maior erro da história militar dos EUA

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