Os Estados Unidos, a Rússia e a Ucrânia "concordaram em garantir uma navegação segura, eliminar o uso de força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no Mar Negro", lê-se em dois comunicados separados, no site da Casa Branca, publicados esta terça-feira, no âmbito das negociações na Arábia Saudita sobre o conflito na Ucrânia.
No comunicado relativo às negociações com a Rússia, lê-se que os Estados Unidos "irão ajudar a Rússia a recuperar o acesso ao mercado mundial para exportações agrícolas e de fertilizantes, reduzir os custos marítimos e melhorar o acesso ao portos e sistemas de pagamentos para tais transações".
Já no comunicado sobre as negociações com Kyiv, é possível ler que "os Estados Unidos e a Ucrânia concordaram que os Estados Unidos continuam empenhados em ajudar a alcançar a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis detidos e o regresso de crianças ucranianas levadas à força".
Em ambas as notas da Casa Branca, os Estados Unidos, a Rússia e a Ucrânia "concordaram desenvolver medidas [...] proibir ataques contra instalações energéticas da Rússia e Ucrânia".
Ukraine and the United States held bilateral technical consultations in Riyadh focused on the security of energy and critical infrastructure, safe navigation in the Black Sea, and the release and return of our prisoners and children.
— Defense of Ukraine (@DefenceU) March 25, 2025
Fulfilling the task of the President of…
Por fim, os três países "acolhem com satisfação" as tentativas de "países terceiros com vista a apoiar a implementação de acordos marítimos e energéticos".
Já o último ponto dos dois comunicados refere que os Estados Unidos, a Ucrânia e a Rússia "vão continuar a trabalhar para alcançar um acordo de paz duradoura".
"Os Estados Unidos reiteram o imperativo do presidente Donald Trump de que a 'matança' em ambos os lados do conflito Rússia-Ucrânia deve parar, como o passo necessário para alcançar uma solução de paz duradoura. Para esse fim, os Estados Unidos vai continuar a facilitar negociações entre ambas as partes para alcançar uma resolução pacífica, em conformidade com os acordos celebrados em Riade", lê-se.
Os Estados Unidos agradeceram ainda ao príncipe herdeiro Mohammed bin Salman pela liderança e hospitalidade nestas "importantes discussões" na Arábia Saudita, que decorreram entre 23 e 25 de março.
[Notícia atualizada às 15h53]
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