"O Japão, a nação criminosa de guerra, está a entrar em formação de batalha em grande escala para abrir a porta à reinvasão", escreveu a agência oficial KCNA a abrir um comentário sobre a decisão de Tóquio.
O Governo japonês anunciou a formação de um novo comando, com cerca de 240 efetivos, para conseguir "uma maior coordenação" no seio do exército.
Visa também melhorar a coordenação com as forças norte-americanas, especialmente no caso de eventuais contingências em relação a Taiwan, segundo a agência espanhola Europa Press.
Pyongyang disse que o novo comando será utilizado para "testar mísseis de longa distância" como parte dos preparativos para um possível conflito.
O Japão "criou um ambiente e condições que poderão levá-lo a entrar em guerra a qualquer momento", acusou a agência oficial norte-coreana no seu comentário.
Segundo a KCNA, Tóquio prossegue "ativamente a estratégia de invasão hegemónica" norte-americana.
Referiu a criação de "uma versão asiática da NATO centrada numa aliança militar tripartida entre Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul no Nordeste Asiático".
Para o regime de Kim Jong-un, a criação do novo comando mostra que o Japão está a entrar na fase final de se tornar um "Estado de guerra".
"A realidade mostra que a invasão ultramarina dos militaristas japoneses já não é uma fantasia ou especulação, mas um facto estabelecido, e é claro como o dia que o primeiro alvo do seu ataque é a nossa República", afirmou.
Para Pyongyang, será apenas uma questão de tempo até o Japão "disparar o primeiro tiro que assinala o início de uma nova invasão" da Coreia do Norte e da China.
"Os militaristas japoneses, inimigos milenares do povo coreano, devem saber isto claramente: a linha da qual o Japão se atreva a aproximar-se tornar-se-á uma sepultura cruel da qual nunca sairá", acrescentou.
A Coreia do Norte condenou na semana passada as ações militares do Japão na ilha de Kyushu, onde está a pensar instalar mísseis de longo alcance.
O Japão dominou a Coreia entre 1910 e 1945, quando capitulou perante as forças aliadas depois de os Estados Unidos terem lançado bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki.
As tropas imperiais japonesas também invadiram e ocuparam a Manchúria, no nordeste da China, em 1931, com os dois países a envolverem-se num conflito armado entre 1937 e 1945.
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