Num comunicado do exército israelita, indica-se que o comandante do batalhão do Hezbollah, Ahmad Adnan Bajjiga, foi morto num ataque realizado na zona de Derdghaiya, no sul do Líbano, depois de ter liderado "numerosos ataques terroristas contra civis israelitas e tropas das FDI (Forças de Defesa de Israel)".
Além disso, três outras pessoas foram mortas hoje em Yahmar al-Shaqif, no sul do Líbano, num ataque com um 'drone' israelita a um veículo em que viajavam, informou hoje a agência noticiosa oficial libanesa ANN.
As Forças de Defesa de Israel confirmaram o ataque, alegando a presença de "vários terroristas do Hezbollah" no veículo, que estavam a "transferir armas".
Entretanto, em Gaza, o Hamas anunciou que um dos seus porta-vozes foi morto num ataque aéreo israelita no norte da Faixa de Gaza, o mais recente a atingir um alto funcionário do movimento de resistência islâmico desde o recomeço dos bombardeamentos de Israel no território palestiniano.
Num comunicado, o movimento islamita palestiniano anunciou a morte de Abdelatif al-Qanou, afirmando ter sido morto num ataque "direto" à tenda onde se encontrava, no sector de Jabalia.
A trégua entre Israel e o Hezbollah, que começou em novembro, expirou a 18 de fevereiro sem ter sido renovada e as tropas israelitas não se retiraram do território libanês que ocuparam durante o conflito, violando unilateralmente o pacto.
No sábado passado, duas vagas de ataques israelitas causaram pelo menos sete mortos e 40 feridos em dezenas de aldeias do sul do Líbano, em resposta aos disparos de foguetes a partir dessa zona para o norte de Israel.
A 18 deste mês, o exército israelita retomou os bombardeamentos na Faixa de Gaza, seguidos de operações terrestres, após a trégua de dois meses na guerra desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel a 07 de outubro de 2023.
Desde o passado dia 18, pelo menos 855 palestinianos foram mortos no território sitiado e devastado, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.
A 20 deste mês, o exército israelita declarou que tinha morto o chefe da segurança interna do Hamas, Rachid Jahjouh, num ataque aéreo.
Dois dias antes, o Hamas declarou que o chefe do seu governo na Faixa de Gaza, Essam al-Dalis, e o líder do Ministério do Interior, Mahmoud Abou Watfa, se encontravam entre os quatro funcionários mortos em ataques israelitas.
Tal como Essam al-Dalis, um outro membro do gabinete político do Hamas, Salah al-Bardawil, foi morto com a sua mulher num ataque israelita no passado dia 22.
"Os ataques contra os dirigentes e os porta-vozes do movimento não vão quebrar a nossa vontade. Pelo contrário, reforçarão a nossa determinação em prosseguir o nosso caminho até à libertação da nossa terra e dos nossos lugares sagrados. O sangue dos mártires continuará a ser a força motriz e a inspiração da resistência até à vitória", declarou hoje o Hamas no comunicado.
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