"O Exército israelita atacou dois terroristas do Hezbollah que operavam na zona de Barashit, no sul do Líbano", informaram os militares em comunicado.
Por sua vez, o Centro de Operações de Emergência em Saúde do Ministério da Saúde Pública do Líbano registou o ataque, afirmando que "dois cidadãos foram mortos como resultado de uma incursão israelita na cidade de Barashit".
As duas mortes elevam o número de mortos para cinco até ao momento hoje no sul do Líbano.
O Exército israelita confirmou também uma incursão hoje na cidade de Yahmar al-Shaqif, na qual três pessoas foram mortas.
No ataque com drones a um veículo, o Exército israelita alegou que eram membros do Hezbollah e que estavam a "transferir armas", embora o grupo libanês não tenha comentado o assunto, como é habitual.
A trégua entre Israel e o Hezbollah, iniciada em novembro, expirou em 18 de fevereiro, sem ser renovada e sem que as tropas israelitas se retirassem do território libanês que ocuparam durante o conflito, ao contrário do que estava acordado.
No passado sábado, duas vagas de ataques israelitas fizeram pelo menos sete mortos e 40 feridos em dezenas de aldeias no sul do Líbano, em resposta aos disparos de 'rockets' a partir daquela região contra o norte de Israel.
As hostilidades começaram há mais de um ano, com o início dos disparos de 'rockets' pelo Hezbollah contra Israel, alegando agir em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas, em guerra com as forças israelitas na Faixa de Gaza.
Cerca de 60.000 habitantes fugiram do norte de Israel, e apenas uma pequena parte deles regressou a casa nas últimas semanas, no seguimento da luz verde das autoridades.
As autoridades libanesas registaram, por seu lado, mais de 3.800 mortos e acima de 1,2 milhões de deslocados, em resultado dos ataques israelitas, que se intensificaram a partir de setembro do ano passado.
Nos termos do acordo de cessar-fogo, Israel deveria retirar-se do sul do Líbano, onde apenas o Exército libanês e as forças de manutenção da paz da ONU seriam mobilizados.
O Hezbollah deveria desmantelar as suas infraestruturas e retirar-se para norte do rio Litani.
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