Gaza acusa Israel de destruir 63 centros de ajuda e alimentos

O Governo de Gaza, controlado pelo Hamas, acusou o exército israelita de destruir 26 centros de distribuição de alimentos e 37 centros de ajuda para pessoas deslocadas no enclave palestiniano desde o início do conflito armado, em outubro de 2023.

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© Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

Lusa
29/03/2025 18:20 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Em comunicado, o executivo controlado pelo movimento islamita denunciou na sexta-feira que as autoridades israelitas estão a usar a fome como arma de guerra ao bombardear estes centros, o que descreveu como "crimes contra a humanidade" que afetam cerca de 2,5 milhões de pessoas.

 

Segundo o Governo, desde o início deste mês, Israel bloqueou a entrada de 16.800 camiões com ajuda humanitária e outros 1.400 com combustível, bem como 200 mil tendas, numa violação do direito internacional.

A organização não-governamental World Central Kitchen (WCK), dirigida pelo chefe espanhol José Andrés, disse na sexta-feira que um dos seus voluntários em Gaza morreu na quinta-feira à noite quando distribuíam refeições à população de Gaza, numa das cantinas que apoiam, atingida pelos ataques israelitas.

"Jalal foi tragicamente morto e seis outras pessoas ficaram feridas. Continuaremos a apoiar as cozinhas comunitárias na região e a operar as nossas cozinhas no terreno sempre que possível, com base em avaliações diárias. Desejamos paz para todos e um cessar-fogo duradouro", declarou a organização num breve comunicado.

Esta não é a primeira vez que os bombardeamentos israelitas custam a vida a voluntários ou a trabalhadores humanitários. Em abril do ano passado, um drone israelita disparou três vezes contra um comboio humanitário da WCK no centro da Faixa de Gaza, matando sete pessoas, entre estrangeiros e palestinianos.

O subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, afirmou, na rede social X, que o bloqueio israelita a Gaza está a impedir a entrada de medicamentos e alimentos.

"Todos os pontos de entrada em Gaza estão fechados. Na fronteira, os alimentos estão a apodrecer. Os medicamentos estão a expirar. O equipamento médico vital está paralisado. Se os princípios básicos do direito humanitário contam para alguma coisa, a comunidade internacional deve atuar para os fazer cumprir", reforçou Fletcher.

Mais de 50.200 pessoas foram mortas em Gaza devido a bombardeamentos e incursões do exército israelita desde o início do conflito.

Os habitantes de Gaza tiveram uma trégua durante o cessar-fogo entre 19 de janeiro e 18 de março, que foi quebrado por Israel, exigindo a libertação de todos os reféns do Hamas.

Leia Também: Exército israelita ordena retirada da população no sudeste de Gaza

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