Numa conferência de imprensa realizada em Varsóvia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz sublinhou que as tropas norte-americanas "serão enviadas para outras bases em território polaco" e assegurou que a decisão foi tomada em conjunto com o Governo polaco.
O comando do exército dos Estados Unidos na Europa e em África (USAREUR-AF) avançou, num comunicado hoje divulgado, que "a deslocalização planeada faz parte de uma estratégia mais ampla para otimizar as operações militares dos EUA, aumentar o apoio a aliados e parceiros e, simultaneamente, aumentar a eficiência".
O comandante da USAREUR-AF, o general Christopher Donahue, observou que, "após três anos em Jasionka, existe uma oportunidade de realinhar a presença [norte-americana] e poupar anualmente dezenas de milhões de dólares dos contribuintes".
A base aérea de Jasionka, perto de Rzeszów, a cerca de 50 quilómetros da fronteira entre a Polónia e a Ucrânia, tornou-se o centro nevrálgico para a receção e envio de equipamento militar dos aliados para a Ucrânia desde o início da guerra naquele país.
Estima-se que, atualmente, 95% das remessas de ajuda, tanto humanitária como militar, passem pela Polónia, sendo que grande parte dessa ajuda utiliza Jasionka e a cidade vizinha de Rzeszów como principal centro logístico.
Devido à sua importância, a base aérea dispõe de uma infraestrutura de proteção robusta, incluindo baterias de mísseis Patriot dos EUA.
Com a mudança anunciada por Washington, a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e outros aliados, como a Noruega e a Alemanha, que ali instalaram sistemas de defesa aérea, terão de assumir uma maior responsabilidade pela proteção de Jasionka.
O Presidente polaco, Andrzej Duda, que se encontra em visita oficial à Estónia, reagiu ao anúncio norte-americano, dizendo que "a transferência de pessoal e equipamento militar dos EUA da base de Jasionka não é uma retirada de tropas", embora tenha admitido não conseguir explicar a situação "em pormenor" e não saber se a deslocalização já estava em curso.
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