"As estatísticas são ainda preliminares. O número de mártires é de quatro mortos e 16 feridos", disse o porta-voz do Ministério da Saúde Houthi, Anees al-Asbahi, na sua conta oficial na rede social X, acrescentando que os combatentes norte-americanos efetuaram "vários bombardeamentos" na cidade residencial de Amin Muqbil.
Segundo a mesma fonte, "a maioria" das vítimas "são civis" e que "sob os escombros ainda há feridos".
"Reiteramos a nossa condenação do ataque contínuo contra civis e objetos civis pelo inimigo americano, considerando-o um crime de guerra", disse Al Asbahi.
A televisão Al Masirah, controlada pelos Huthis, afirmou que várias equipas da defesa civil se deslocaram ao local do bombardeamento e iniciaram as operações de salvamento, bem como a extinção dos incêndios no local visado.
O porta-voz transmitiu também imagens que mostravam os socorristas a carregar os feridos para um táxi para os levar para um hospital, ao mesmo tempo que recuperavam dois corpos dos escombros de um edifício destruído pelo bombardeamento.
As imagens mostram também outros homens a segurar tochas para procurar pessoas nos escombros do edifício de dois andares, que foi reduzido a escombros por bombardeamentos aéreos.
Al Asbahi informou ainda que pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, incluindo uma em estado crítico, num outro bombardeamento contra uma quinta na província de Dhamar, no sudoeste do Iémen, sem fornecer mais pormenores.
Em meados de março, o Presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou uma operação em grande escala contra os Huthis para reduzir as suas capacidades nos seus ataques à navegação internacional.
Até agora, segundo os Huthis, cerca de 100 pessoas foram mortas nesta nova campanha de bombardeamento, que está a ser levada a cabo quase diariamente pelas forças norte-americanas.
Os Huthis anunciaram, em novembro de 2023, que iriam atacar os navios que comercializam com Israel em retaliação pela guerra de Gaza, o que resultou em cerca de uma centena de ataques e provocou uma redução significativa do tráfego marítimo através do Canal do Suez, obrigando muitos navios a contornar África para evitar as ações dos insurgentes.
Embora as ações dos Huthi contra os navios nos mares Vermelho e Arábico tenham cessado com a entrada em vigor do cessar-fogo de meados de janeiro entre Israel e o Hamas em Gaza, os rebeldes iemenitas anunciaram que iam retomar os seus ataques quando Israel quebrou o acordo de tréguas para pressionar o governo do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu a levantar o cerco a Gaza.
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