"Muitas áreas estão a ser tomadas e anexadas às zonas de segurança do Estado de Israel, deixando Gaza mais pequena e isolada", declarou o governante, citado em comunicado do Ministério da Defesa, dirigindo mais ameaças ao grupo islamita palestiniano Hamas.
Se Hamas mantiver a recusa e não libertar os reféns em breve, "o Exército iniciará combates intensos em Gaza" até que sejam libertados e o grupo armado derrotado.
"O Exército está a eliminar terroristas, a localizar e a interromper infraestruturas terroristas e a desmembrar a Faixa de Gaza em locais como o corredor Morag", referiu Katz.
O corredor Morag, que recebeu este nome em homenagem a um colonato israelita na Faixa de Gaza (desmantelado durante o plano de retirada unilateral de 2005), fica acima da cidade de Rafah, isolando-a de Khan Yunis, outra grande cidade no sul do enclave.
Este cenário deixa Israel no controlo de três corredores, que separam a Faixa de Gaza: o corredor Netzarim, que isola o norte e a Cidade de Gaza, Morag, onde o centro do território e o sul de Khan Yunis se encontram, e Filadélfia, o limite sul do enclave, onde Rafah foi encurralada.
Desde que Israel quebrou o cessar-fogo em Gaza, em 18 de março, mais de 390 mil palestinianos foram deslocados pelo avanço do exército e pelas ordens de evacuação.
Segundo a agência de notícias espanhola EFE, os avanços israelitas juntamente com a designação de áreas como "proibidas" (onde as organizações humanitárias têm de coordenar os movimentos com o Exército devido à presença militar), deixam 66% do território palestiniano sob controlo das tropas.
Os mediadores internacionais -- Egito, Qatar e Estados Unidos - tentam levar as partes a um acordo provisório para interromper novamente as hostilidades, libertar os restantes reféns e abrir as portas a negociações sobre o fim da guerra, mas o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem insistido que vai manter as operações até que o Hamas seja derrotado.
O grupo palestiniano exige, por seu lado, que os ataques militares cessem antes de libertar os restantes 59 reféns, dos quais Israel acredita que apenas 24 estejam vivos.
A guerra foi desencadeada pelos ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que fizeram cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 250 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 50 mil mortos, segundo as autoridades locais, e deixou o território destruído e a quase totalidade da população deslocada.
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