Taxas? "Estavam a sugar-nos. Aproveitaram-se do nosso país por décadas"

O presidente norte-americano apontou que "é necessário fazer cirurgia" a um "paciente que está muito doente", referindo-se aos Estados Unidos sob a liderança de Joe Biden.

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Notícias ao Minuto com Lusa
09/04/2025 20:12 ‧ há 1 semanas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Donald Trump

O presidente norte-americano, Donald Trump, salientou, esta quarta-feira, que haverá "acordos justos para toda a gente", mas que "não foram justos" com os Estados Unidos, horas depois de ter anunciado um aumento das tarifas aplicadas à China para 125%.

 

"Estavam a sugar-nos. Não podem fazer isso. Temos uma dívida de 36 biliões de dólares (cerca de 32.850.611.856.000,00 euros) por uma razão, não é por divertimento. Aproveitaram-se do nosso país e roubaram-nos durante décadas. Penso nisto há décadas", disse, em conferência de imprensa num evento privado, na Casa Branca.

O responsável assinalou ter começado este trabalho no seu primeiro mandato, mas que, uma vez que teve de devolver "as rédeas depois de uma eleição fraudulenta", não teve "tempo de implementar a grande medida, o que estamos a fazer agora".

Trump considerou ainda que o país "está muito, muito doente" e "necessita de cirurgia", devido às ações da anterior administração.

"Joe Biden devolveu-nos um país em sarilhos economicamente e em qualquer outra esfera. Deixou a China apoderar-se de coisas, deixou outros países apoderarem-se de coisas, e talvez o pior de tudo, deixou que pessoas entrassem no nosso país de forma desenfreada. Muitos eram assassinos e traficantes de droga, ladrões, presidiários de todo o mundo. Havia até pessoas vindas de instituições mentais e asilos. Pegavam nos seus cidadãos dementes e largavam-nos no nosso país", enumerou.

Trump acusou ainda os democratas de quererem implementar a mesma decisão, mas "não terem coragem" para o fazer.

"Vai funcionar. Requererá uma transição, mas creio que será uma transição para a grandeza. Não haverá nada como isto. Haverá pessoas a investir no nosso país", disse, ao mesmo tempo que apontou que "a situação era insustentável".

Trump sobe tarifas da China e anuncia pausa de 90 dias para outros países

Trump sobe tarifas da China e anuncia pausa de 90 dias para outros países

O magnata anunciou ter subido as tarifas contra Pequim para 125%.

Notícias ao Minuto com Lusa | 18:31 - 09/04/2025

Recorde-se que Trump anunciou, esta quarta-feira, ter aumentado as tarifas contra Pequim para 125%, tendo por base a "falta de respeito que a China tem demonstrado para com os mercados mundiais". Ainda assim, o republicano decidiu autorizar uma pausa de 90 dias aos países que não tenham "retaliado de qualquer forma ou feitio", bem como "uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%".

Questionado sobre este hiato, o presidente defendeu ser necessário "haver flexibilidade".

De qualquer forma, a China anunciou também que aumentaria as suas taxas de retaliação sobre os produtos americanos para 84%, em vez dos 34% inicialmente previstos, numa nova escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington.

Pequim deu conta de que voltou a remeter à Organização Mundial do Comércio (OMC) a questão das tarifas, depois de Donald Trump ter imposto um novo aumento, que chegava aos 104%.

As taxas sobre os produtos do gigante asiático aumentaram de 34% para 84%, valores a que juntavam os 20% impostos desde janeiro.

Wall Street e os mercados bolsistas mundiais registaram perdas nos últimos dias, com os investidores assustados com a guerra comercial desencadeada pelos direitos aduaneiros determinados por Donald Trump e com as medidas de retaliação que começam a ser aplicadas pela China e pelo Canadá.

Cerca de 60 países, incluindo os 27 membros da União Europeia (UE), são afetados pelas sobretaxas adicionais impostas por Trump, que entraram em vigor às 00h00 de hoje em Washington (05h00 em Lisboa).

[Notícia atualizada às 20h33]

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