"Com os 90 dias adicionais, temos agora mais tempo para conduzir discussões detalhadas e aprofundadas sobre a cooperação económica e comercial entre Taiwan e os Estados Unidos", disse Lin Chia-lung, citado pela agência de notícias taiwanesa CNA.
O responsável sublinhou ainda a importância de as negociações se basearem nos princípios da "reciprocidade e da justiça" e salientou que, com a nova política comercial de Trump, as relações entre Taipé e Washington "poderão aprofundar-se ainda mais".
"Os EUA tomaram nota da mensagem de Taiwan e responderam, e os pormenores e métodos das negociações serão desenvolvidos através dos mecanismos bilaterais existentes", disse Lin.
O ministro dos Assuntos Económicos de Taiwan, Kuo Jyh-huei, confirmou que o apoio às pequenas e médias empresas da ilha vai continuar, apesar da suspensão temporária das "tarifas recíprocas".
A redução da punição tarifária significa que praticamente todos os parceiros comerciais dos EUA, incluindo Taiwan, serão penalizados durante os próximos três meses com uma tarifa "reduzida" de 10%, a taxa que começou a ser aplicada no passado sábado de forma generalizada sobre todos os produtos importados pelos EUA.
Trump justificou a trégua pelo facto de mais de 75 países já terem contactado a sua administração para negociar.
O líder de Taiwan, William Lai, reiterou no início desta semana que Taipé não vai impor "tarifas de retaliação" contra os EUA, mas procurará dialogar com Washington com base na premissa de "zero tarifas bilaterais".
Embora os semicondutores de Taiwan - o principal motor da sua economia - tenham sido excluídos das taxas, a medida suscitou preocupações quanto ao ambiente comercial mais hostil entre Taipé e Washington.
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