"Ameaças externas contínuas" podem levar a "medidas dissuasoras, incluindo a expulsão de inspetores da AIEA e o fim da cooperação", disse Ali Shamkhani na rede X.
Na mensagem, o conselheiro de Khamenei afirmou que "a transferência de materiais enriquecidos para locais seguros também poderá ser considerada".
As conversações sobre o programa nuclear iraniano estão agendadas para sábado em Omã, com a participação do enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi.
Em março, o Presidente norte-americano, Donald Trump, enviou uma carta ao Irão a solicitar negociações para substituir o anterior acordo internacional, caducado desde que Washington se retirou em 2018.
Mas também ameaçou bombardear o Irão se a diplomacia falhasse.
Hoje, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, insistiu que as negociações com o Irão em Omã serão diretas, apesar das alegações de Teerão de que haverá intermediários, e manifestou esperança de que este encontro leve à paz.
Numa reunião na Casa Branca dirigida por Donald Trump, o chefe da diplomacia norte-americana salientou que o Presidente dos Estados Unidos "deixou muito claro que o Irão nunca terá uma arma nuclear" e sugeriu que esta determinação levou Teerão a concordar com as negociações.
Durante o primeiro mandato (2017-2021), Trump retirou os Estados Unidos de um acordo de 2015 entre o Irão e outras potências, que estabeleceu limites rigorosos às atividades nucleares de Teerão em troca do alívio das sanções internacionais.
Desde então, o Irão enriqueceu urânio muito além dos limites permitidos pelo extinto acordo e conta agora com 274 quilogramas com 60% de pureza, próximo dos 90% de grau militar, de acordo com a AIEA.
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