Um antigo coveiro foi detido e acusado de ter removido corpos de forma ilegal para vender sepulturas, em Trapani, na Sicília.
Outras 18 pessoas estão a ser investigadas, de acordo com o The Guardian.
O mesmo meio noticiou que o ex-assistente do coveiro foi também detido, na segunda-feira, por corrupção e suborno.
Além disso, as autoridades proibiram o funcionamento de três agências funerárias na cidade e levaram a cabo buscas na residência de um patologista forense que terá ajudado o coveiro a certificar falsamente a decomposição dos cadáveres, por forma a abrir espaço para que novos corpos fossem enterrados.
Nos casos em que o patologista forense não estava disponível, o coveiro tomou decisões “sobre procedimentos extraordinários de exumação”, nos quais as sepulturas eram limpas para que pudessem ser revendidas, de acordo com a investigação.
As autoridades acreditam ainda que o trabalhador roubou bens, incluindo peças de ouro, das pessoas a enterrar.
Os familiares eram também obrigados a pagar em dinheiro ao coveiro para que os enterros fossem mais rápidos, uma taxa que era conhecida como “o café para o coveiro”.
“As pessoas eram obrigadas a pagar em dinheiro para enterros mais rápidos. No decurso da investigação, foram documentados nada menos do que 25 casos de enterros ilícitos”, disse a polícia.
As autoridades apuraram que o coveiro impediu a contratação de uma empresa externa para gerir os serviços fúnebres. Ao invés, dirigia três agências funerárias, com as quais conspirou para levar a cabo enterros, exumações e transferências de restos mortais, em troca de uma percentagem do lucro.
A polícia ainda está a tentar apurar o que aconteceu aos corpos removidos das sepulturas.
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