"Os Estados Unidos continuam a denunciar veementemente o mandato de Francesca Albanese como relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos no Território Palestiniano ocupado desde 1967'", começou por dizer a missão norte-americana junto das Nações Unidas (ONU), num comunicado.
Na nota à imprensa, a missão avaliou que o apoio do Conselho de Direitos Humanos da ONU a Francesca Albanese oferece mais um exemplo do motivo pelo qual o Presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou que os Estados Unidos cessassem toda a participação nesse órgão intergovernamental, que promove e protege os direitos humanos no mundo.
"As ações da senhora Albanese também deixam claro que as Nações Unidas toleram o ódio antissemita, o preconceito contra Israel e a legitimação do terrorismo", concluiu Washington.
O comunicado norte-americano foi emitido na sequência da decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU de prolongar o mandato de Francesca Albanese até 2028, apesar da oposição de vários grupos pró-Israel, incluindo os Estados Unidos, que a acusam de promover o antissemitismo e o terrorismo no seu cargo na ONU.
Albanese, que está mandatada pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, mas que não fala em nome da organização, é uma das vozes mais críticas da guerra de Israel em Gaza, assim como do plano de Donald Trump para ocupar o enclave palestiniano e deslocar a sua população.
A jurista italiana foi igualmente uma das primeiras vozes a classificar as ações de Israel contra a população palestiniana como "genocídio".
O número de mortos na Faixa de Gaza superou hoje os 51 mil devido à ofensiva militar israelita lançada após o ataque sem precedentes do Hamas a 07 de outubro de 2023, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde do enclave palestiniano, controlado pelo grupo islamita.
O relatório do Ministério da Saúde de Gaza referiu ainda que 1.630 pessoas morreram em ataques israelitas desde 18 de março, dia em que o cessar-fogo estabelecido entre as partes foi interrompido por uma vaga de bombardeamentos noturnos israelitas que mataram mais de 400 pessoas em poucas horas.
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