O ministro dos Assuntos Religiosos, Nasaruddin Umar, lamentou a morte de Francisco, que visitou o país com a maior população muçulmana do mundo em setembro de 2024, no âmbito de uma viagem que incluiu Timor-Leste.
"Não podemos esquecer os serviços e a sua amizade. (...) Esperemos que a nossa cooperação, entre a Indonésia e o Vaticano, e a vontade que o Papa promoveu, se concretizem como acordado", afirmou Umar num comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio na Argentina há 88 anos, assinou uma declaração com o grande imã da mesquita Istiqlal em 05 de setembro de 2024, exortando os representantes das religiões a ajudar a resolver os conflitos.
A assinatura ocorreu durante o encontro inter-religioso realizado num espaço exterior da mesquita, no qual participaram líderes das religiões presentes na Indonésia, incluindo o Islão, o Protestantismo, o Catolicismo, o Hinduísmo, o Budismo e o Confucionismo.
Os signatários concordaram que os valores religiosos "devem ser orientados para a promoção de uma cultura de respeito, dignidade, compaixão, reconciliação e solidariedade fraterna para ultrapassar a desumanização e a destruição ambiental".
Os católicos representam apenas 3,1% dos 270 milhões de habitantes da Indonésia, mas esta continua a ser a terceira maior população católica da Ásia, depois das Filipinas e da China, enquanto os muçulmanos representam 89,4%.
Francisco, que assumiu a liderança da Igreja Católica em 2013, morreu à 07:35 de hoje locais (06:35 em Lisboa), na residência na Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano.
A última aparição pública de Francisco foi no domingo, na varanda central da fachada da Basílica de São Pedro, para a bênção "Urbi et Orbi" do Domingo de Páscoa.
O Papa percorreu a Praça de São Pedro num papamóvel durante vários minutos e até parou o veículo para abençoar algumas crianças, embora estivesse visivelmente ausente e com dificuldade de movimentos, segundo a EFE.
Ainda no domingo, recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, para apresentação de cumprimentos.
Francisco estava em convalescença depois de ter estado internado no Hospital Agostino Gemelli durante 38 dias, entre 14 de fevereiro e 23 de março, devido a uma pneumonia bilateral.
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