EUA condenam decisão do Presidente do Ruanda de se recandidatar
Os Estados Unidos criticaram, no sábado, a intenção do Presidente do Ruanda, Paul Kagame, de se candidatar a um terceiro mandato, manifestando "profunda desilusão" e preocupação.
© Lusa
Mundo Mandato
Washington e a União Europeia têm vindo a expressar o seu desacordo em relação à decisão de Kagame e apelaram ao seu afastamento em 2017, de modo a permitir novos atores e o florescimento da democracia.
"Com esta decisão, o Presidente Kagame ignora a oportunidade histórica de reforçar e solidificar as instituições democráticas que o povo do Ruanda luta para estabelecer há mais de 20 anos", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, em comunicado.
Na sexta-feira, Kagame anunciou que iria concorrer novamente, de acordo com uma revisão constitucional que contou com apoio maioritário num referendo.
Os eleitores aprovaram, no referendo de 18 de dezembro, uma revisão constitucional que permite a Kagame, de 58 anos, candidatar-se a um excecional terceiro mandato em 2017.
Por conseguinte, as novas regras permitem que se candidate a outros dois mandatos de cinco anos, até 2034, cimentando o seu poder no país que controla desde que as suas forças rebeldes puseram fim ao genocídio de 1994, que matou 800.000 pessoas.
"Os Estados Unidos acreditam que transições constitucionais de poder são essenciais para democracias fortes e que os esforços dos titulares para mudar as regras de modo a ficarem no poder enfraquecem as instituições democráticas", afirma Kirby.
"Estamos particularmente preocupados com as mudanças que favorecem um indivíduo em detrimento do princípio de transição democrática", conclui.
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