O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa por Liu Jianchao, diretor do departamento de cooperação internacional da Comissão Central de Disciplina do Partido Comunista Chinês (PCC).
O paradeiro de Ling Wancheng, 58 anos, está dado como desconhecido desde outubro de 2014, quando se crê que vivia numa moradia nos subúrbios de Sacramento, no Estado norte-americano da Califórnia.
Segundo a imprensa de Hong Kong, Ling deve ter em sua posse mais de 2.700 documentos confidenciais, entre os quais códigos nucleares, redes de comunicação secretas da liderança comunista e dados relativos à segurança de Zhongnanhai, o Kremlin chinês, situado ao lado do antigo Palácio Imperial, em Pequim.
Os documentos foram provavelmente obtidos junto do seu irmão, braço direito do antigo Presidente chinês Hu Jintao, e que foi detido no ano passado por corrupção.
Nos últimos oito meses, as autoridades chinesas conseguiram fazer regressar ao país 1023 suspeitos de crimes económicos evadidos além-fronteiras, através da cooperação com agências internacionais.
Em muitos dos casos, os suspeitos foram repatriados a partir dos EUA, apesar da ausência de acordo de extradição daquele país com Pequim.