A oposição advertiu que vai continuar a manifestar-se enquanto não forem ouvidas as suas exigências, incluindo a formação de uma comissão - antes de novas eleições - para investigar as irregularidades cometidas na primeira volta das presidenciais, a 25 de outubro, que desencadearam a atual crise.
O acordo define a formação de um governo provisório, com um mandato de 120 dias, que deverá organizar eleições para 24 de abril. O presidente eleito deverá tomar posse a 14 de maio.
Mas o parlamento deverá escolher "nos próximos dias", no âmbito do acordo concluído com o executivo, um novo presidente. O processo começou hoje com a constituição de uma comissão, nas duas câmaras do parlamento, para receber as candidaturas à presidência.
A oposição exige também que a presidência seja assumida pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Jules Cantave.
A segunda volta das presidenciais estava prevista para 24 de janeiro, mas foi adiada dois dias antes pelo Conselho Eleitoral Provisório (CEP) devido à violência no país, que causou pelo menos quatro mortos.
Na primeira volta, os candidatos que obtiveram mais votos foram Jovenel Moise, do Partido Haitiano Tet Kale (PHTK, no poder), e Jude Celestin, da Liga Alternativa para o Progresso e Emancipação Haitiana (LAPEH, oposição).
Celestin recusou participar na segunda volta devido "às graves irregularidades" no processo eleitoral.