O juiz Aidid Abdulahi Ilkahanaf, do Supremo Tribunal, disse que as acusações foram retiradas e o tribunal "restituiu a Abdiaziz Abdinuur a sua liberdade".
O jornalista e a mulher entrevistada, ambos detidos desde Janeiro, foram condenados no início de Fevereiro a um ano de prisão por “insulto às instituições”.
O jornalista, Abdiaziz Abdinuur, foi considerado culpado de “insultar as instituições do Estado ao fazer uma entrevista falsa e entrar na casa de uma mulher na ausência do marido”, segundo o juiz.
Abdinnur, um jornalista independente que trabalha para vários rádios somalis e alguns media internacionais, nunca divulgou a entrevista.
Três outros acusados foram absolvidos, incluindo o marido, acusado de ter posto a mulher em contacto com o jornalista.
No início de Março, a mulher acabou por ser libertada e a pena do jornalista foi reduzida para metade.
O caso mereceu a condenação da ONU e de organizações não-governamentais como a Human Rights Watch, a Amnistia Internacional e o Comité para a Protecção dos Jornalistas, que o encaram como uma tentativa de esconder os testemunhos das vítimas de violação e desencorajar os jornalistas de escreverem sobre o assunto.